O iate construído para Steve Jobs, o cofundador da Apple que morreu em 2011 foi apreendido em Amsterdão, na Holanda, em função de uma disputa sobre o pagamento ao designer Philippe Starck, contratado por Jobs para contribuir no projeto. Segundo um advogado que representa o designer, ele recebeu 6 milhões de euros, de uma comissão de 9 milhões.
Segundo a agência Reuters, o iate foi apreendido na noite da última quarta-feira, dia 19, e permanecerá no porto de Amesterdão enquanto o pagamento estiver pendente.
“O projeto vem em andamento desde 2007 e houve muita conversa detalhada entre Jobs e Starck”, disse Roelant Klaassen, um advogado que representa o artistas.”Eles confiam uns nos outros, por isso não houve um contrato muito detalhado”, completa.
Em abril deste ano, em uma entrevista para uma rádio francesa, Starck afirmou que visitou Jobs uma vez por mês durante sete anos. Após a morte do executivo, a mulher de Jobs, Laurene, assumiu o projeto.
A embarcação, que tem um desenho incomum e foi batizado como Vénus, foi inaugurada por familiares do cofundador da Apple em outubro de 2012. A viúva de Jobs, Laurene, e três dos filhos do casal, Reede, Erin e Eve, estavam presentes na cerimónia. Eles presentearam os integrantes da equipa que construiu o iate, com iPods Shuffle que traziam o nome do barco gravado.
O Vénus tem entre 70 e 80 metros de comprimento e possui sete iMacs de 27 polegadas na cabine de navegação. O iate, aparentemente, é o mesmo do projeto que Jobs mostrou a Walter Isaacson, autor de sua biografia. No livro, o escritor definiu a embarcação como “elegante e minimalista”.
“Eu sei que é possível que eu morra e deixe para Laurene um barco semi-construído. Mas eu tenho que continuar nele. Se eu não fizer isso, é uma admissão de que estou prestes a morrer”, declarou o cofundador da Apple em trecho do livro de Isaacson, demonstrando estar ciente de que talvez não vivesse para ver o iate pronto.
Foto: Michael Kooren / Reuters