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Nas últimas semanas, devido aos casos de jovens que deram entrada no hospital, alegadamente por jogaram o afamado jogo da “ Baleia Azul”, fez com que se tornar-se público, algo que fazia parte do mundo secreto de muitos jovens adolescentes.
Um jogo marcado por mutilações sucessivas que termina aparentemente na morte do jogador, parece atrair, para si, muitos jovens em situações de crise.
Mas o que fará pessoas na flor da idade envolverem-se num jogo como este e deixarem-se levar até ao ponto de se auto mutilar e até pensarem em por fim à vida?
Será que esta realidade de sofrimento mental, que hoje se torna visível através de um jogo, não fazia já partes de centenas de adolescentes?
Assustador, intrigante, lamentável mas talvez o grito coletivo que as sociedades precisam escutar para investirem na saúde mental e no autoconhecimento, e tentarem perceber o que está por cada sintoma detetado em cada jovem, ao invés de lhes prescreverem simplesmente um medicamento que lhes atenuará os sintomas de um sofrimento atroz, escondido por um sorriso, ou uma vida aparentemente sociável e preenchida.
As depressões cada vez mais precoces, as mutilações que por instantes poem fim a dor que sufoca, o desafio de correr para o aparente fim do sofrimento, faz-nos reavaliar a educação e o género de vida que têm os jovens de hoje.
O que estará a falhar em tudo isto? Seremos vítimas de uma sociedade consumista, que não se preocupa com o ser e apenas procura ter? Estaremos na era em que os pais têm medo dizer “não” aos filhos e os libertam para a perca de rumo? Poderemos dizer que a desresponsabilização na educação dos filhos, entrega os mais novos a si mesmo, num jogo de espiral entre a falta do auto conhecimento e a necessidade de encontrarem o seu sentido?
A verdade é que a falta de saúde mental começa a tornar-se uma realidade entre as classes mais jovens o que deveria servir de alerta a todos quantos no seu dia se cruzam com estes.
iPG//