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A marcação da greve, como fim último de contestação, é um direito dos trabalhadores em qualquer estado democrático e por isso incontestável, por outro lado sabe-se que penaliza sempre outros e é isso que torna mais ou menos eficaz este recurso. No caso da greve convocada pela TAP, ela é altamente penalizadora para milhares de pessoas por ser a altura do ano que é.

Quer se concorde ou não com a forma de reivindicação escolhida por parte dos sindicatos da operadora, algo é essencial, discutir, a opção de privatização da TAP. Seria razoável, da parte do governo, explicar em que moldes está a pensar fazer a privatização da empresa.

Não se reconhece a importância estratégica da TAP e a sua importância na deslocação de milhares de emigrantes, foi este o argumento usado para justificar a requisição civil, para depois se continuar no discurso incoerente e contraditório de privatização de algo que é estrategicamente tão necessário ao país..

Ficamos sem saber como pensa o governo continuar a agir na defesa do interesse dos emigrantes caso avance com a privatização, colocando mesmo em causa a presença da TAP junto das comunidades portuguesas.

O sentido desta privatização feita à pressa não deve sossegar ninguém. Mesmo que o governo diga que irão ser acautelados os interesses dos cidadãos, já foram dadas várias provas de que não é confiável a sua palavra e por isso, apesar do transtorno que esta greve vai causar, se conseguir colocar os portugueses a falar e a pensar no tema, já valeu a pena toda esta confusão e, que me desculpem os lesados, a convocação de uma greve.

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