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A critica feita à troika por Juncker, ao referir que esta agrediu a dignidade dos portugueses, só peca por tardia. Independentemente dos motivos que estiveram na base da “estupidez” do presidente da Comissão Europeia ao ser cúmplice na aplicação dessas medidas, o seu ato de contrição revela o reconhecimento das graves consequências que as medidas impostas infligiram na degradação da vida das pessoas.

É lamentável que o governo português não reconheça os efeitos desta austeridade na vida das pessoas, como o desemprego, a emigração e a pobreza, como ainda se sinta ofendido, com as declarações de Junker, por considerar que em nada afetaram a dignidade dos portugueses.

A cegueira ideológica do nosso governo, faz com que não só não defenda os interesses dos portugueses junto da comunidade europeia, como ainda continue a defender esta política austeritária como a única possível.

 Na ânsia de parecer o bom aluno junto da Alemanha, o governo perde a noção do que se passa realmente em Portugal, ofendendo todos aqueles que foram afetados pela crise. Não consegue perceber que a falta de meios leva a que cada vez mais pessoas abdiquem de uma vida digna e honrada.

 A subserviência do nosso governo perante os mais ricos é vexatória para os portugueses, que gostariam de ver o governo a defender a dignidade do seu país, poupando-nos assim a cenas humilhantes como as vivenciadas pela ministra das finanças na passada semana em Berlim.

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