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Após a tremenda polémica em torno da venda da TAP e na garantia dos direitos dos trabalhadores, o governo chegou a acordo com os sindicatos, garantido a inexistência de despedimentos durante dois anos e meio e a manutenção dos acordos da empresa por três anos.

Como em quase tudo o que o governo faz também esta negociação com os sindicatos serviu de bandeira para clamores de vitória. Mas serviu também para uma atitude muito pouco digna por parte do ministro Pires de Lima como demonstração de poder, ou deverei dizer de “poderzinho”, uma vez que o primeiro-ministro já o veio corrigir.

Pires de Lima garantia a manutenção do emprego na TAP, apenas àqueles sindicatos que desistiram da greve convocada no final do ano e aceitaram negociar os seus termos, cerca de 40% dos trabalhadores da empresa, segundo os sindicatos.

Este cenário a ser real, demonstra uma atitude muito pouco digna do ministro, intimidando todos aqueles que usaram o legitimo direito à greve. É uma atitude rancorosa e de quem demonstra ausência dos valores democráticos.

Já se sabe, pela voz do primeiro-ministro, que esta limitação não é possível e que o acordo abrangerá todos os trabalhadores, de qualquer forma e mais uma vez, o ministro Pires de Lima não fica bem na fotografia.

À parte desta trapalhada, resta-nos a venda da TAP que, a ir para a frente, será mais uma machadada deste governo num bem publico e soberano do país. Em final de mandato, o governo não deveria poder avançar com este negócio, já não tem legitimidade para o fazer. A TAP representa a aproximação de Portugal ao mundo, e aos emigrantes, é o elo de ligação de portugueses por esse mundo fora, não deveria ser usada como arma de arremesso contra os que usam desafiar o governo, como anunciou Pires de Lima, e deveria ser mantida a todo o custo.

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