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A 25 de maio, os Portugueses irão votar nas Eleições Europeias de 2014 para eleger os 21 novos eurodeputados portugueses para os próximos 5 anos. Pela primeira vez, os eleitores vão ter também uma palavra a dizer sobre o futuro presidente da Comissão Europeia.

Estamos, assim, a uma semana das eleições europeias e, segundo várias sondagens estas serão as eleições com a mais elevada abstenção até à data. Os números mostram-nos que a participação dos cidadãos europeus para o Parlamento Europeu, é normalmente reduzida, em 2009 apenas 43% dos cidadãos europeus votaram e numa sondagem elaborada pela Gallup Europa prevê-se que a taxa de participação nas eleições europeias em 2014 não seja superior a 50%.

Existe uma realidade preocupante sobre a democracia na União Europeia, esta sondagem mostra que a tendência para o absentismo eleitoral se mantém inalterado, fruto, talvez, das dificuldades de resolução da crise e do seu impacto nas opções políticas, económicas e sociais dos Estados-membros e da própria União Europeia.

O que afasta os cidadãos das eleições para a Europa e, particularmente os portugueses? A Europa é um aglomerado de povos e culturas com preocupações e interesses muito diferentes, o que dificulta a posse de uma identidade comum, de uma verdadeira consciência europeia, ou de um sentimento de pertença.

Para que o projeto europeu singre, tem de se verificar uma transformação na mentalidade dos povos que permita a criação de um espírito e de valores comuns a todos os cidadãos europeus, mas principalmente, tem de se verificar uma transformação nos agentes políticos que o formam.

Não é possível continuar a encarar a União Europeia como uma mera congregação de países, sem respeitar a sua História e a sua soberania. Os países que compõem a “Velha Europa” deverão ser reconhecidos e respeitados com as suas respetivas diferenças históricas, a união destes países deverá ter como objetivo a sua interajuda, num espírito de solidariedade e de colaboração entre iguais.

Como essa transformação não é imediata, talvez a opção seja retroceder e reavaliar qual a função que cada Estado membro poderá desempenhar na construção de uma Europa sólida e coerente, para isso é urgente uma mudança nas mentalidades dos agentes políticos que a compõem.

Rita Fonseca
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