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As explicações dadas pelo primeiro-ministro sobre as dívidas à segurança social foram desajeitadas, desconhecia, não sabia que devia pagar, não fora notificado, foram as suas alegações para dissimular um erro que irá certamente manchar a sua imagem.

 

Num discurso sempre cheio de austeridade, em que o primeiro-ministro aparece como um homem cumpridor, pronto a criticar e a punir eficazmente quem não o é. Um homem que vive de acordo com as suas possibilidades e que nos seus discursos justifica o forte aumento fiscal como necessário para a própria sustentabilidade da segurança social, é o primeiro a não cumprir e pior do que isso, a não conseguir explicar porque não o fez.

Não é a primeira vez que o passado do primeiro-ministro aparece algo enublado, já vieram a lume outras incoerências ligadas ao seu percurso profissional e que, também essas não tiveram uma explicação convincente. A sua reputação está manchada, a sua autoridade não será mais a mesma depois deste episódio, fica a imagem de um primeiro-ministro atabalhoado, chico-esperto e negligente cuja situação levaria num outro país qualquer à sua imediata demissão.

Tal não aconteceu e não acontecerá, esperemos de que ao contrário do que é hábito em Portugal, os eleitores, sempre dispostos a esquecer e perdoar as trapalhadas dos políticos, sejam levados pela lembrança do doloroso cumprimento das suas obrigações e, não estejam dispostos a ignorar quem vai engordando porque não o faz.

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