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Algo mudou no país, a vitória de António Costa nas eleições primárias no último fim-de-semana é sinal disso.

A forma como se escolheu o futuro candidato a primeiro-ministro, mobilizou milhares de simpatizantes do PS, e não só. Estes deslocaram-se às urnas para escolher o seu líder, mas mais do que isso por uma convicção de mudança. Não se sabe ao certo qual será o rumo de mudança que António Costa quer dar ao país mas, para quem foi votar também não parece que este seja o cerne da questão, para quem foi votar o que anseia é uma oposição forte e coesa ao atual governo, algo que segundo parece, António José Seguro não estava a saber concretizar.

António Costa quer ser “a oposição que este Governo merece”, quer ser o líder da mudança, embora ainda não se perceba como é que o vai fazer. Para já fica a ideia de que não facilitará a vida ao governo, uma vez que no jogo das cadeiras por ele efetuado já sabemos que temos Eduardo Ferro Rodrigues como líder parlamentar assegurado pelos vice-presidentes Ana Catarina Martins, Inês de Medeiros, Isabel Santos, Vieira da Silva ou Marcos Perestrello. Como sinal da unificação do Partido, ficarão ainda João Paulo Correia, Jorge Fão, Luís Pita Ameixa e Mota Andrade, os seguristas que, tal como acordado ficarão com um terço dos lugares parlamentares.

António Costa tem ambição política e quer liderar o país, mas para convencer disso os portugueses ele terá que fazer bem mais do que recuperar históricos, tem que começar a apresentar um programa sólido e possivelmente arriscar o confronto politico direto com Passos Coelho. Algo que não irá acontecer uma vez que António Costa não foi eleito deputado.

Encontrando-se assim na retaguarda veremos o que irá acontecer ao debate político pelo qual se anseia tão urgentemente.

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