O conflito israelo-árabe ocorre desde o fim do século XIX, tornando-se um assunto de importância a nível internacional a partir do colapso do Império Otomano em 1917. Marco importante para o desenrolar deste conflito foi a autodeterminação do Estado de Israel e, posteriormente, o relacionamento deste último com os seus vizinhos árabes, principalmente com o povo palestiniano, que devido ao facto de não reconhecer o Estado de Israel, acabou não conseguindo estabelecer o seu próprio Estado.
Outro grande entrave para as negociações de paz é a reivindicação de soberania em relação à cidade de Jerusalém. Devido ao seu valor histórico e religioso, Israel reivindica toda a cidade para si, o que não é reconhecido pela comunidade internacional. A parte Oriental de Jerusalém, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, é reivindicada pelos palestinianos para ali estabelecer a sua capital.
Houve inúmeros períodos de acirramento do conflito, com hostilidades militares de ambos os lados, e vários acordos de paz que fracassaram.
Se olharmos os conflitos israelo-árabe e israelo-palestinianos à luz da história, com neutralidade, somos infalivelmente levados a concluir que se trata de um conflito de “obstinação”, de uma rejeição peculiar implacável de ambos os lados. Não é possível falar em bons e maus neste conflito até porque ambos têm culpas; não nos podemos esquecer dos crimes que diariamente Israel pratica e da segregação operada no seu interior. Porque Judeus e Palestinianos não têm exatamente os mesmos Direitos em Israel. Também não nos podemos esquecer da falta de discernimento do Hamas que como grupo extremista, prefere a luta, mesmo sendo esta desigual, à segurança da sua população; considerando as vítimas como um sacrifício e os soldados mortos como uma vitória.
Desde que se reiniciou este conflito (a 8 de julho) que já morreram cerca de 1655 palestinianos e 63 israelitas, cerca de 8900 palestinianos terão ficado feridos. É absolutamente necessário reunir as partes para chegar a um consenso no sentido do bem-estar comum.
É também absolutamente necessário julgar e condenar os responsáveis de tamanhas atrocidades, a comunidade internacional não pode continuar a ignorar esta situação, enquanto mulheres e crianças morrem todos os dias.