O Presidente norte-americano, Barack Obama, qualificou Cabo Verde como um exemplo de “democracia, liberdade e estabilidade” para os países da região oeste-africana, África e o mundo, soube-se de fontes oficiais.
Obama fez esta apreciação, quarta-feira em Washington, no mesmo painel em que interveio o Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, antes do encerramento da Cimeira Estados Unidos da América (EUA)-África que reuniu o Presidente americano e chefes de Estado e de Governo de cerca de 50 países africanos.
O Presidente norte-americano destacou também a “estabilidade política de Cabo Verde, a solidez da democracia, o seu desenvolvimento sustentado e o papel que o país tem desempenhado para a paz”.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), a partir de Washington, Jorge Carlos Fonseca disse que como Cabo-verdiano “sentiu-se orgulhoso” pelo elogio de Obama, “num ambiente em que estavam presentes dirigentes de toda África e a imprensa mundial”, o que, segundo ele, “é muito bom para a imagem do nosso país e da nossa democracia”.
Na sua intervenção no painel na Cimeira EUA-África, o Presidente cabo-verdiano destacou os valores da democracia cabo-verdiana, a estabilidade política, o crescimento económico continuado do seu país, reforçando a defesa de uma “economia azul”, bem como o papel dos pequenos Estados insulares.
Na cimeira participaram, além do Presidente Obama e dos líderes africanos, membros do Governo, empresários e organizações da sociedade civil dos Estados Unidos da América e de África.
Durante a cimeira, os Estados Unidos anunciaram um fundo de 33 mil milhões de dólares para África nos domínios da promoção do Estado de direito, da boa governação, da garantia das liberdades dos cidadãos, da proteção dos investimentos de projetos empresariais, desenvolvimento da agricultura, banca, telecomunicações, segurança e paz.
O Presidente norte-americano advertiu, entretanto, que apenas os países que respeitam os direitos humanos, a liberdade e a democracia poderão beneficiar dos financiamentos do fundo.