Passageiros da TAP e de outros voos que chegaram depois das 18:00 horas de sexta-feira (22:00 horas em Lisboa) ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, ficaram “isolados” no local devido a uma manifestação.
Cerca de oito mil pessoas protestam em frente ao aeroporto, fechando a avenida Helio Smidt e a autoestrada Dutra, que permitem o acesso ao local. Os passageiros que desembarcaram, como não conseguem sair do aeroporto ficaram na área reservada.
Segundo a assessoria de imprensa do aeroporto, o saguão está desocupado “por motivos de segurança”, mas a manifestação é pacífica. Já os passageiros que querem embarcar, enfrentam o trânsito compacto e são obrigados a percorrer muitos metros a pé até ao aeroporto na avenida Hélio Smidt.
Os responsáveis do aeroporto contactados pela agência Lusa não souberam indicar quantos passageiros estão “isolados” dentro das instalações.
Há outros protestos espalhados por São Paulo, como o que fecha a avenida Paulista. Na autoestrada Castello Branco e em Santo André (região metropolitana da cidade), houve confrontos entre polícias e manifestantes.
No Rio de Janeiro, um dos focos de manifestação ocorre na Barra da Tijuca, na zona oeste, enquanto um segundo, iniciado em Ipanema chegou ao início da noite ao bairro do Leblon, onde várias pessoas se concentraram em frente da casa do Governador Sérgio Cabral, segundo a rede de televisão “GloboNews”.
Os protestos começaram no início de junho em São Paulo, exclusivamente contra a subida das tarifas dos transportes públicos, mas estenderam-se a outras cidades no Brasil e em outros países.
A repressão policial às manifestações motivou outras pessoas a protestarem pela paz e pelo direito de manifestação, bem como outras queixas, entre quais a corrupção e a falta de transparência.
Em particular, as manifestações criticam os elevados gastos com a organização de eventos desportivos como o Mundial2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, em detrimento de outras áreas como a saúde e na educação.
LUSA