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A proposta apresentada pela ONG Humane Society International (HSI) para acabar, de uma vez por todas, com os testes de cosméticos em animais foi negada pelo Conselho Nacional de Controlo de Experimentação Animal (Concea) brasileiro.

A União Europeia, Índia e Israel já proibiram a realização de testes de cosméticos em animais. Os Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia criaram propostas legislativas para proibir esta prática na indústria da beleza. Mas o Brasil parece ir em sentido contrário deste movimento mundial.

De acordo com a organização pró-animal, este tipo de procedimento é anti-ético, uma vez que causa dor aos animais em prol do consumo de produtos dispensáveis, que podem ser substituídos por outras técnicas já adoptadas por empresas da indústria da beleza que se desassociaram destas prática.

Apesar do parecer técnico que provava a viabilidade da proibição e a petição com dezenas de milhares de assinaturas, o Concea não aprovou a proposta, cuja votação tinha sido prometida para Outubro. Assim, esta órgão preferiu propor um novo regulamento que obriga os laboratórios a utilizar alternativas a testes em animais, cinco anos depois de serem validadas pelo governo.

“Dois terços dos brasileiros apoiam a proibição dos testes e 170 membros do Congresso Federal também defendem a ideia. É uma vergonha que os reguladores brasileiros não consigam respeitar a opinião da população e dos seus representantes, que manifestaram de forma consistente a sua forte oposição aos testes em animais para a indústria da beleza”, explicou Helder Constantino, porta-voz da campanha Liberte-se da Crueldade, da HSI, citado pelo Planeta Sustentável.

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