A União Europeia (UE) vai disponibilizar este ano 1,4 milhões de euros para o financiamento de programas e projetos de Organizações não-governamentais (ONG), para a promoção e desenvolvimento cultural na sociedade cabo-verdiana.
A informação foi avançada esta sexta-feira pelo embaixador da UE em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, na cerimónia de assinatura do contrato de financiamento com a organização não governamental Handicap Internacional no âmbito do projeto de defesa dos direitos do consumidor e utentes com deficiência em Cabo Verde.
Segundo o embaixador, com essa ajuda que está fora da ajuda programada no Fundo Europeu ao Desenvolvimento (FED), a UE pretende que a promoção da cultura seja um instrumento de criação de emprego e desenvolvimento sócio-económico e redução da pobreza em Cabo Verde.
“Todos sabemos que Cabo Verde tem uma grande tradição na área cultural e portanto pensamos que esse ano devíamos contemplar esse setor. No ano passado as ações estiveram voltadas para a proteção da defesa do consumidor, mas este ano será a cultura a ser privilegiada”, sublinhou.
Para ter acesso ao financiamento as ONG e outros atores não estatais cabo-verdianos devem apresentar os projetos para posterior análise e seleção, o mais tardar até 13 de Agosto.
A União Europeia vai ainda realizar sessões de formação no sentido de capacitar os potenciais candidatos na elaboração dos projetos.
“Os projetos nem sempre têm tido qualidade que é esperada. Portanto queremos que os candidatos saibam apresentar propostas com valor em termos de substância, mas também saber como é que se apresentam as propostas e quais os procedimentos que têm que seguir para tentarem que haja um aumento do sucesso dessas propostas”, explicou.
No ano passado em que foi dada atenção à defesa do consumidor foram seleccionados quatro projetos nomeadamente da Handicap Internacional cujo contrato foi assinado hoje, da Associação de Defesa do consumidor (ADECO), da Associação dos deficientes visuais de Cabo Verde (ADEVIC) e do Movimento África 70.
