foto : Rodrigo Antunes / Lusa
A situação pandémica evoluiu e o Governo optou pelo fecho das escolas. A decisão levou à necessidade de um ajustamento no calendário escolar de modo a suprir os 11 dias de pausa forçada. Este ano não há férias de Carnaval e as de Páscoa só irão durar três dias.
Os alunos regressam ao ensino online a partir de dia 8, já na próxima segunda-feira. Agora, o ajuste do Ministério da Educação indica que não haverá férias de Carnaval (que estavam previstas de 15 a 17 de fevereiro) e as da Páscoa serão encurtadas para apenas três dias, (entre 29 de março e 1 de abril), quando o período que estava previsto ia de 25 de março a 5 de abril.
Esta foi a forma encontrada pelo Ministério da Educação para tentar assim compensar os 11 dias de pausa forçada por causa da pandemia.
Os exames do ensino secundário podem ser adiados à semelhança do que aconteceu no ano passado. Esta possibilidade é aberta pelo próprio Ministério da Educação numa comunicação enviada esta terça-feira às escolas.
As restantes provas nacionais da escolaridade obrigatória também podem sofrer mexidas tendo em conta as mudanças nos calendários letivos a que a pandemia obrigou nas últimas semanas. A decisão final é tomada durante a próxima semana, avança o Público.
As provas de aferição, que se realizam no 2.º, 5.º e 8.º anos, têm início previsto para Maio, prolongando-se até meados de Junho. Já a 1.ª fase das provas finais do 9.º ano está agendada para 17 a 25 de Junho. A 17 de Junho têm também início marcado os exames nacionais do ensino secundário, prolongando-se a 1.º fase até 6 de Julho.
Para já, o Ministério da Educação preparou o regime não presencial das aulas, já que nesta fase da pandemia ainda não é possível a reabertura das escolas. E nas recomendações que faz aos estabelecimentos de ensino lembra que é precisa ter em conta vários cuidados.
A Tutela realça que o tempo de atenção dos alunos e a fadiga de ecrã, variável em função das idades, estilos de aprendizagem e ritmos de diferentes turmas deve ser tida em conta para que estes não se sintam sobrecarregados.
É pedido uma diversificação de metodologias ao longo de cada aula, estimulando-se a atenção, o trabalho individual e em pares e acautelando-se a o excessivo recurso a métodos unidirecionais, seguindo-se as sugestões da UNESCO sobre a duração das unidades com base na capacidade dos alunos.
De acordo com o Governo, deve ainda ser feito um acompanhamento efetivo dos alunos nas aprendizagens desenvolvidas ao longo de cada semana.
Por fim, deve haver uma constante monitorização pelas estruturas das escolas da eficácia das opções tomadas para a maximização das aprendizagens dos alunos.
A par das aulas à distância, o ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues recorda que todos os conteúdos do #EstudoEmCasa estão disponíveis, tanto na RTP Memória como no RTP Play e na app.
Ana Moura, ZAP //