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Desde a sua estreia no MotoGP™ em 2011 Cal Crutchlow sempre correu pela formação francesa Tech3, com a qual no ano passado conseguiu o primeiro pódio. Em Indianápolis no passado fim-de-semana, o inglês falou da assinatura do contrato com a Ducati para os próximos dois anos.

“Depois de Laguna decidimos ficar na América e descansar, mas não foram umas grandes férias,” sorriu Crutchlow. “Nas  primeiras semanas andamos atarefados com o contrato e depois divulgámos que no próximo ano vou correr pela Ducati. Estou muito contente e agora posso pensar no resto da temporada e ver o que podemos fazer.”

Indy_32 Crutchlow acrescentou que a parte mais difícil da decisão foi dizer adeus a uma equipa à qual acabou por ficar muito ligado desde que entrou para o MotoGP™.

“Sim, há prós e contras em tudo,” continuou. “O mais difícil foi telefonar ao Hervé (Poncharal, Director Desportivo da Monster Yamaha Tech3). Foi um telefonema emocional. Por agora o mais importante vai ser continuar a rodar para a Tech3 e depois esperamos levar essa motivação para o próximo ano.”

Foi a  transferência mais significativa  em 2014  Cal Crutchlow vai voltar a fazer  equipa com Andrea Dovizioso, com quem fez dupla na Tech3 em 2012.

“Penso que há muito a melhorar,” admitiu Curchlow sobre a Ducati. “O ponto forte é que é rápida, mas o resto não sei…ainda é muito cedo para fazer comentários. Não sei se de momento é boa para o meu estilo de pilotagem e é má para o dos outros, ainda não posso dizer nada.”

“Nunca faria um comentário sobre a forma como os outros rodaram com ela – não me cabe a mim. É claro que o Valentino (Rossi) já rodou com ela, como o Andrea (Dovizioso) e o Nicky (Hayden). Como é que posso saber o que fazer e  se vou ou não fazer alterações?  É claro que tem de melhorar, mas ainda é muito cedo para falar sobre os outros.”

No que toca à Ducati Cal Crutchlow explicou: “Como disse, a Yamaha e a equipa para a qual estou a correr são fantásticas. Foi uma decisão difícil, mas em termos de contrato acredito que o que me foi oferecido é muito melhor que o que tenho. Falei com pessoas à minha volta e com o Hervé. Foi complicado deixar a equipa.”

Valentino Rossi correu pela Ducati Team em 2011 e 2012, mas o nove vezes Campeão do Mundo não conseguiu conquistar uma só vitória e não foi além de três pódios.

Indy_94Questionado sobre que conselhos podia dar a Crutchlow, Rossi fez uma pausa e respondeu:

“Penso que o que o Cal quer mesmo é uma moto de fábrica e talvez esteja a pensar que a Yamaha não lhe  está a dar a  importância suficiente pelo seu trabalho. De certeza que vai ter muitas pessoas a trabalhar arduamente para ele na Ducati. Como ele disse, é um grande desafio.”

“O Dovi (Andrea Dovizioso, na Ducati desde o início da época e antigo companheiro de equipa de Crutchlow na Monster Yamaha Tech3) tem tido alguns problemas para achegar ao topo, mas o Cal tem um estilo de pilotagem diferente, então por que não?”

“Conselhos? É claro, no início vai ser complicado porque a Ducati é uma moto muito difícil de levar ao limite, ao contrário da Yamaha M1. Na fábrica sabem que têm de subir o nível da moto, pelo que vai ser interessante ver…”

O novo contrato de Crutchlow com a Ducati estende-se até ao final de 2015.

O Director Desportivo Poncharal falou  sobre a saída de Crutchlow :

Indy_33“Já o disse muitas vezes, mas quero voltar a dizê-lo: O Cal é um piloto muito especial para mim. Já tivemos muitos pilotos, são 30 anos de trabalho – pelo que é fácil imaginar quantos já tivemos! Penso que o Cal vai ficar na nossa memória como um dos melhores.”

“O que querem que faça? Que chore? Tenho uma relação incrível com ele, na pista e fora dela. É um piloto que respeito muito e um homem que admiro e de quem gosto. Não fico contente por o perder, mas por outro lado ele tomou uma decisão que penso ser muito importante na sua carreira; vai ser piloto oficial, vai ter um ordenado decente e, se conseguir fazer as coisas funcionar onde alguns grandes nomes falharam, penso que será muito emocionante. Vamos continuar a segui-lo; ele vai continuar a vir comer à nossa hospitality, vai continuar a visitar-nos entre corridas nas nossas instalações e quem sabe o que vai acontecer? Dentro de dois, ou três anos ele pode estar outra vez connosco.”

“Enquanto director da Tech3, tentei fazer-lhe a melhor proposta possível. Enquanto amigo, falámos. Por vezes é difícil gerir a Tech3 e tentar dar-lhe conselhos ao mesmo tempo – como qualquer outro piloto, o Cal procurava conselhos e foi uma grande decisão para ele. Acredito que fez uma boa escolha. Não sei se será a mais correcta… Acredito que foi a escolha certa. Ele vai ser piloto de fábrica, tem um grande desafio pela frente e terá o apoio de muitos técnicos de topo.”

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