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Já no saneamento, o acesso está vedado a 35 por cento da população mundial, subsistindo regiões onde a percentagem atinge os 90%.

Um grupo de cientistas internacionais, no qual se incluem investigadores da Universidade de Coimbra (UC), está a estudar soluções para democratizar o acesso a água e saneamento em regiões pobres da América Latina, anunciou hoje aquela instituição portuguesa.

O projeto, denominado DESAFIO, inclui estudos de casos em cinco comunidades – três no Brasil, uma na Colômbia e outra na Argentina – e trabalho de campo “junto de populações com graves dificuldades socioeconómicas”, refere, em comunicado, a UC.

A iniciativa, financiada em cerca de um milhão de euros pela União Europeia, aposta em “métodos de pesquisa inovadores” e pretende “estruturar intervenções sociotécnicas pioneiras capazes de fornecerem ferramentas essenciais para combater a desigualdade social no acesso a água e saneamento”.

Liderado pela Universidade de Newcastle (Reino Unido), o projeto integra, para além do grupo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, coordenado por Maria da Conceição Cunha, investigadores das Universidades Federais do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de Pernambuco (Brasil), Valle (Colômbia) e Nacional de Rosario (Argentina), em áreas como a engenharia, biologia, sociologia, economia, arquitetura e antropologia, entre outras.

“Vamos transmitir orientações para intervenções futuras, estabelecendo metodologias de ação e gestão integradas”, afirma, na nota, Maria da Conceição Cunha, especialista em gestão de recursos hídricos da UC.

Adianta que o projeto DESAFIO aposta em soluções “que possam ser implementadas em contextos socioeconómicos e culturais distintos e que tenham em conta questões como o baixo custo de manutenção, eficiência energética, qualidade da água, reciclagem, práticas de higiene e mudanças de comportamento”.

De acordo com a UC, relatórios internacionais mostram que 11 por cento da população mundial está privada de água potável, mas em algumas zonas do globo essa percentagem sobe aos 60%.

Agência Lusa

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