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4ª Feira**Por Dominick George**05/12/2012
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Começa a estar estafada a frase que dá o título a este artigo e que se aplica quando algo de mal acontece quando está envolvido alguém ligado a uma entidade (Bombeiros, Policias, Governo…) que é suposto ser impoluta e, afinal, cometeu algo de improvável.

Trago hoje à colação episódios recentes ocorridos com um elemento da PSP e outro da PJ, ambos no Porto.

O chefe Fernando Mendes foi detido na passada semana por estar ligado ao mundo da droga, cujos traficantes do bairro da Sé, eram alegadamente por ele alertados para as operações policiais, a troco de compensações monetárias.

O outro caso diz respeito a uma inspectora da PJ, Ana Saltão, de 36 anos, a qual terá assassinado a avó do marido, de 81 anos, por esta lhe ter exigido a devolução da quantia que lhe havia emprestado a quando da compra da casa. Com os conhecimentos adquiridos enquanto investigadora, julgava poder praticar este crime hediondo sem ser detectada. Porém é caso para dizer que os 13 tiros que disparou sobre a octogenária lhe saíram todos pela culatra, ao não ter colocado no lugar devido, a pistola que furtara a uma colega, antes que esta tivesse dado pela sua falta!

A questão que se me coloca, após as inúmeras ocorrências com elementos das várias policias, é a seguinte: será que poderemos continuar a pensar que se trata de casos isolados e daí continuarmos a usar a expressão “É preciso não confundir a árvore com a floresta” ou será preferível meditarmos profundamente sobre esta matéria, chegarmos, eventualmente, à conclusão de que estes casos já extravasam a razoabilidade e agir adequadamente? Neste caso sugeria que a admissão de pessoal para as diferentes policias fosse rodeada de cuidados especiais, com estudo aprofundado do passado pessoal dos candidatos (o certificado do registo criminal é insuficiente), com exames psicológicos rigorosos, etc., etc.

É que as árvores começam a ser muitas e, se não actuarmos com prontidão, em breve teremos uma floresta…

E ainda, se viermos a perder a confiança nas nossas diferentes policias, a quem poderemos recorrer, no futuro? O estado de insegurança que se vive é já muito delicado!

Felizmente que de vez em quando surgem casos que contra-balançam os de carácter negativo, como aquele que Paulo Fonte descreve na sua crónica de 1 de Dezembro no CM, em que descreve um policia de N. York que ao deparar-se-lhe um sem-abrigo descalço, com temperatura negativa, foi a uma loja comprar-lhe uma botas…

Oxalá estas árvores venham a ocupar o lugar das outras!

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