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A operação “O – Negativo” investigou um crime de sangue, no sentido literal do termo, que ascendia os 100 milhões de euros sobre a compra de sangue à multinacional suíça Octopharma.

Esta consegue o monopólio da venda do sangue em Portugal, a 89 euros o litro, para quase todos os hospitais nacionais e ao mesmo tempo o sangue generosamente doado pelos portugueses é deitado ao lixo. Não se percebe a decisão de comprar por milhões de euros por ano, sangue vindo do estrangeiro e recolhido por dadores pagos, ao invés de se aproveitar o que existe em Portugal. E menos se percebe a decisão de se comprar à Octopharma, que será decidido por concurso, mas faz com que esta consiga monopolizar um negócio de milhões.

Esta empresa é presidida em Portugal por Paulo Lalanda de Castro, que está também envolvido em outras investigações compreendendo corrupção como a “Operação Marquês” e os Vistos Gold. Após ser detido na Alemanha, no meio de uma reunião nas instalações da empresa, Paulo Lalanda demitiu-se de todas as suas funções na Octopharma, aguarda agora que a justiça alemã decida da sua extradição para Portugal.

Certo é que o nome deste senhor tem aparecido de forma constante numa serie de trapalhadas e que finalmente está detido, pode-se sempre esperar que mais uma vez não dê em nada. Não seria inédito que nestas questões da corrupção pode haver corruptores mas não corrompidos!

Fica a certeza que, pelo menos, não voltará a brincar com o sangue de ninguém, porque há assuntos com que não se brinca.

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