Os Correios de Portugal (CTT) decidiram encerrar hoje mais cedo três das quatro estações de correios de horário alargado em Lisboa, já que tinham informações sobre planos para ocupações de uma delas, revelou fonte oficial.
Contactados pela agência Lusa, os CTT confirmaram que as estações de Cabo Ruivo, dos Restauradores, e do Colombo, todas a funcionar em regime de horário alargado, fecharam hoje as portas mais cedo por “razões de segurança”.
Fonte oficial da empresa disse que havia “informações sobre a intenção de haver ocupações numa dessas estações”, pelo que os CTT decidiram encerrá-las mais cedo.
“É nossa obrigação salvaguardar a segurança das instalações, dos trabalhadores e dos clientes”, realçou.
Nos últimos dias tem havido uma série de ações de protestos promovidas por autarcas e populares um pouco por todo o país das áreas afetadas pelo fecho de estações dos CTT.
De acordo com a mesma fonte, “estas ações podem apresentar riscos de segurança” e os CTT “não podem permitir que se ponha em causa a prestação do serviço postal”.
Segundo a empresa, das quatro estações que funcionam em regime de horário alargado em Lisboa, apenas a estação do Aeroporto da Portela encerrou à hora normal (20:00).
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) já reagiu a esta alteração nos horários de funcionamento das três estações referidas, enviando uma carta a denunciar a situação à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
“Os CTT, alegando desconhecidos e pretensos ‘motivos de segurança’, encerraram todas as estações de correios de Lisboa, nomeadamente, as de horário alargado (…), privando assim os cidadãos de acesso à Rede Pública Postal”, acusou o sindicato.
“Recordamos que esta privação de acesso dos cidadãos à Rede Pública Postal tem vindo a ser uma constante por parte da administração dos CTT que, alegando sempre pretensas razões de segurança, tem vindo a fechar ao público todas as estações onde têm vindo a realizar-se ações públicas de protesto contra o encerramento de estações de correios ao arrepio da opinião das respetivas populações e autarcas”, acrescentou a entidade.
LUSA