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FOTO: ZAP // donnieray / Flickr //

A ideia de ser necessário ter muita gente para permitir o crescimento económico ou defender o país é antiquada e potencialmente negativa para as mulheres, defende Sarah Harper, especialista de Oxford.

Desde 2015 que o índice sintético de fecundidade está a aumentar ligeiramente: em 2017, por exemplo, cada mulher em idade fértil em Portugal teve em média 1,37 filhos. No entanto, são muitos os países preocupados com os baixos índices de natalidade.

Sarah Harper, uma perita em mudanças demográficas que trabalha na Universidade de Oxford, Reino Unido, defende, contudo, que a pressão para aumentar a população em vários países é desatualizada e potencialmente negativa para as mulheres.

Para explicar a sua ideia, Harpar elenca três razões: a inteligência artificial, a migraçãoe as melhores condições de saúde da terceira idade. “A ideia de que são necessárias muitas pessoas para defender um país e para fazer com que este cresça economicamente, é muito desatualizada.”

“Um pequeno número de pessoas muito qualificadas na economia do conhecimento da Europa vai ultrapassar a necessidade de aumentar a população porque a automação vai tratar de muitas tarefas.” Além disso, a perita sublinhou que os adultos mais velhos mantêm-se saudáveis por mais tempo: “é muito mais fácil ajudar adultos a manter as suas aptidões atualizadas e saudáveis e no mercado de trabalho do que dizer às mulheres que têm que ter mais filhos”.

Ao The Guardian, a especialista referiu ainda que ter menos filhos é positivo do ponto de vista ambiental. Um estudo recente descobriu que ter menos um filho reduz a pegada de carbono dos pais em 58 toneladas de CO2 por ano.

Os declínios na taxa total de fertilidade têm sido observados várias vezes, sempre que as economias nacionais se desenvolvem, a saúde pública melhora e a mortalidade infantil cai.Contudo, há ainda uma onda de alarmes entre os países onde as taxas totais de fertilidade caíram abaixo dos chamados níveis de reposição – a figura mágica de 2,1.

Segundo o Diário de Notícias, Harper considera que os temores de que a queda na taxa de fecundidade total leve os países a ficarem para trás são infundados.

ZAP //

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