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Acabo de regressar de uma viajem de 7.000 kms. pela Europa, sem que tivesse vislumbrado qualquer espécie de constrangimento que pudesse ser atribuído àquilo a que se convencionou chamar “CRISE”.

Por toda a parte encontramos as esplanadas   repletas, o trânsito nas ruas e estradas mais do que se poderia imaginar, a tal ponto que, estando em Paris na véspera do feriado nacional (14 de Julho) em que pretendia assistir à parada militar, como forma de lembrar o meu dia de aniversário natalício, tive que fugir na direção da Alemanha.

Na Espanha, país que, tal como o nosso, vive dificuldades enormes, assisti ao regresso de fim-de-semana a Madrid em que nas estradas havia filas de “para-arranca” com cerca de uma centena de quilómetros.

Se, por estar de férias, pouco me apercebi do estado de coisas de carácter político (nacionais ou estrangeiras), uma me despertou logo a atenção ao chegar à fronteira do Caia. Diz ainda respeito à temática da “crise”.

Para quem atravesse aquela fronteira à noite, pensará que em Portugal se vive na maior das abundâncias! Então não é que se construiu em Elvas uma extensa e linda avenida, que se iluminou com candeeiros distanciados de cerca de trinta metros, lado a lado com outros, todos iluminados com lâmpadas fortíssimas!?

E depois as sucessivas rotundas, com decorações aquíferas, só próprias de uma Suiça, em que o dinheiro abunda. À alegria inicial que senti ao chegar ao meu País depois de duas semanas de ausência e ver o progresso alcançado sob o ponto de vista paisagístico, seguiu-se o desalento, por ver a artificialidade dos referidos melhoramentos. É que cheguei à conclusão de que tais se deveram às recentes festividades na cidade de Elvas (visita do Sr. Presidente da República no dia de Portugal), entre outros acontecimentos, e à proximidade da Espanha.

Mas, para colocar as coisas de forma condicente com a situação económica do País, dever-se-ía ter, logo após, pelo menos, na iluminação noturna dos candeeiros, procedido à redução, não só do número, mas também da intensidade da luz.

Para quê tanta luz naquela zona para mais à frente, muita gente se deslocar na estrada em plena escuridão!

Saber-se ser humilde é uma grande virtude e ficaria bem nesta fase que atravessamos!

DG

Opinião Global**Por Dominick George**26/07/2013
dominick.george@ipressglobal.com |

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