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Quanto mais se estuda economia (micro ou macro) mais se entende o status-quo em que estamos. Além disso, é preciso observar as acções das empresas nos últimos 7/8 anos, isto é, como se têm comportado face às dificuldades financeiras que (ultra)passam.

Tenho um caso real para exemplificar: conheço uma senhora, nos seus 48 anos, licenciada em filosofia na Universidade Nova de Lisboa, de onde saíram, nesses anos, dos melhores jornalistas, economistas e pensadores actualmente em Portugal.

Depois de 15 anos a trabalhar para uma empresa da importância do Instituto Nacional de Estatística, ela foi despedida uma hora antes de, há dias, começar mais um dia de trabalho, através de um simples telefonema.
Com um percurso como supervisora nos Censos de 2001, passou a realizar inquéritos em casa dos agricultores, reformados e outras famílias.

Mais tarde, há aproximadamente 5 anos atrás, o INE, com os cortes orçamentais, colocou todos os entrevistadores a fazer os questionários por telefone. Digamos que não é, propriamente, um trabalho agradável e muito menos fácil.
E porque é que esta empresa faz o que quer? Porque a grande fatia dos trabalhadores é cotado como prestador de serviços e, em Portugal, quem trabalha a recibos verdes, não tem, de facto, as regalias e direitos que deveria…

Se algumas as empresas preferem desprezar os seus trabalhadores, em detrimento de adoptarem uma política de motivação e entendimento, isso é uma opção. Afinal de contas, as grandes empresas olham para os trabalhadores como meros números, que têm de cumprir o seu trabalho como máquinas não-emocionais. Enfim, estruturas organizacionais…

Em Portugal, quem tem mais de 45 anos tem grandes dificuldades em conseguir emprego. E porquê? Por quê desvalorizar a experiência?Talvez porque os mais novos são mais fáceis de ludibriar e de moldar às necessidades da empresa, sendo que, por outro lado, não têm o know-how (saber como fazer), fundamental ao bom funcionamento de qualquer negocio…

Estes casos deviam ser expostos na televisão e nos jornais. Sim, porque depois estranhamos que haja greves, manifestações, assobios e empresas a fechar. Não há mais porque continuamos a pensar que só acontece com os outros…

Um mau gestor pode arruinar um negocio, mas também pode salvá-lo.

Bem-haja aos bons!

TR

Opinião Global**Por Tomás Rosa**22/03/2013 (de Vilnius – Lituânia)
tomas_rosa8@hotmail.com

**O autor tem livre escolha quanto ao uso ou não do novo acordo ortográfico.

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