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Os tumultos que há cinco noites incendeiam os subúrbios de Estocolmo, na Suécia, iniciaram-se quando um imigrante foi morto pela polícia. Segundo um jornal sueco, o homem chamava-se Lenine Relvas-Martins e era português.

Relvas-Martins, adianta o jornal Aftonbladet, tinha 68 anos e emigrara para a Suécia nos anos de 1970.

Casado com uma sueca, o homem vivia naquele país há mais de 30 anos. No passado dia 12, a polícia foi chamada ao bairro de Husby, subúrbios da capital sueca e, após uma sequência de acontecimentos ainda mal esclarecida, abateu a tiro um homem, agora identificado como Lenine Relvas-Martins.

A versão policial dá conta que um homem estava a ameaçar com uma faca uma mulher dentro do seu apartamento. A vizinhança chamou as autoridades que, após um período de negociação por telefone, acabaram por arrombar a porta. Sentido-se ameaçados, foram obrigados a disparar.

Já o cunhado da vítima, Risto Kajanto, disse ao Aftonbladet que Relvas-Martins estava nervoso porque tinha sido importunado por um grupo de marginais durante o regresso a casa após ter ido jantar fora com a mulher. E que, quando lhe bateram à porta, julgou tratar-se do mesmo grupo, tendo ido buscar uma faca para se proteger.

Esta mesma fonte admitiu, no entanto, que havia pormenores que desconhecia, por a irmã estar em estado de choque.

A morte do homem espoletou uma onda de violência que há cinco noites deixa vários automóveis destruídos pelo fogo em bairros de imigrantes nos subúrbios de Estocolmo. Os manifestantes, a maioria jovens, reclamam pelas condições de vida na Suécia, dizendo-se discriminados relativamente aos naturais daquele país.

NOTÍCIA DN
FOTO DN
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