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A identidade de um país passa também, pela capacidade de nos lembrarmos daqueles que foram os agentes da nossa História. O facto de se homenagear alguém com um nome de uma rua, praça, local, etc., faz com que nos lembremos que essa pessoa existiu e tentar perceber a sua importância.

Inevitavelmente, a nossa memória vai apagando o que não relembra, é por isso que a evocação de nomes que de algum modo fizeram parte da memória de um país, é uma forma de os perpetuar e de assim também perpetuar a História desse país. É para isso que servem os nomes das ruas e dos edifícios: para que nunca esqueçamos aqueles que marcaram um tempo – mas cujo correr dos dias, pela sua natureza, se encarrega de esfumar, na memória e tantas vezes, por essa via, na importância.

Por tudo isto, o facto de se ter homenageado o aeroporto de Lisboa com o nome de Humberto Delgado, não é só uma justa homenagem àquele que de alguma forma está associado aos primórdios da aviação civil portuguesa, mas também marcou uma forma de luta contra o regime salazarista através da coragem que sempre demonstrou em ações ou palavras. Esta coragem custou-lhe a vida às mãos da PIDE em 1965, quando morre assassinado.

O “General Sem Medo”, foi um exemplo de audácia, numa época de agonia para Portugal, foi um Homem inteligente e destemido e é por isso que o facto de não o deixarmos esquecer, com esta justa homenagem, é fundamental para o perpetuamento de alguns dos maiores exemplos na construção da nossa identidade.

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