Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, afiançou este sábado, que “as escolas estão no caminho”, para adquirem “todas as condições” necessárias à realização do projeto de flexibilização curricular.
O Ministro da Educação afirmou que o ministério está a trabalhar em parceria com os diretores, as associações de professores e as sociedades científicas para que “as escolas possam desenvolver, cada uma delas, dentro do contexto onde estão inseridas, as melhores estratégias para que o sucesso escolar, também na matemática, possa ser uma realidade”.
Por seu lado, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, afirmou à lusa que a flexibilização curricular – que o Ministério da Educação quer implementar já a partir de 2017-2018, em modelo de projeto-piloto – implica “pressupostos impossíveis de garantir” para algumas escolas, especialmente a nível da estabilidade do corpo docente.
Apesar das opiniões contrarias à tutela, o Ministro da Educação afirmou convictamente que “As decisões estão tomadas, agora o processo está em curso e é preciso que continue com toda a tranquilidade, toda a estabilidade e toda a recetividade por parte das comunidades escolares” declarou ainda que “a estabilidade do corpo docente é, cada vez mais”, uma preocupação para o Governo, uma vez que a inexistência da mesma “poderia por em causa alguns dos mecanismos que são importantes para as escolas e não relacionados diretamente com toda esta questão”. Relembrou que tendo em conta a sua importância, a tutela já tomou medidas ao lançar “ um processo de vinculação extraordinária este ano, lançámos e aumentámos também as condições da norma travão”.
O objetivo de Tiago Brandão é que “cada vez mais as escolas, dentro da sua autonomia, possam ter um corpo docente estável, um corpo de pessoal não docente também o mais estável possível, para que todas as vicissitudes, todas as potencialidades de cada uma das comunidades escolares, se possa verdadeiramente concretizar”, relembrando que já foi possível ” explicar a todos os diretores de agrupamentos ou escolas não agrupadas quais serão as alterações que irão acontecer”.
Os primeiros passos parecem dados, apesar das opiniões opostas o processo de flexibilização curricular, parece ter pernas para andar, pelo menos aos olhos do ministro.
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