- Pub -

Já se estuda uma subida da idade da reforma para os 67 anos, com o objectivo (único na minha opinião) de que a segurança social não venha a conhecer a tão famosa falência.
Mas se um trabalhador com mais de 50 anos de idade já se depara com bastantes dificuldades em arranjar emprego, imaginemos os obstáculos que uma pessoa com cerca de 60 anos ou mais terá de enfrentar até que se aposente.

Com a passagem da idade da reforma dos 65 para os 67 anos, aqueles que actualmente estão empregados irão ver mais dois anos de trabalho pela frente, ao contrário dos jovens, que podem nem sequer ver chegar o seu primeiro dia de trabalho.

E sem um primeiro dia de trabalho, como é possível um jovem adquirir experiência? Não é. E se não é possível, como podem incluir a experiência profissional nos padrões de selecção de um empregado? Dou graças aos que ainda apostam no futuro do nosso, cada vez mais pequeno, país.

Com uma educação que não é gratuita, e que está cada vez mais longe de o vir a ser, muitas famílias consideram que ter colocado ou vir a colocar os filhos no ensino superior é, neste momento de crise, deitar dinheiro ao lixo, dinheiro que para muitos é escasso.

A sustentabilidade da segurança social pode ficar garantida através de mais dois anos de descontos dos portugueses, mas não será só com esta medida que o Estado irá reduzir a grande dívida. Além disso, será possível o desemprego disparar ainda mais? Estamos cá para assistir.

bengala2

A independência dos jovens tende a chegar cada vez mais tarde, e se chega cada vez mais tarde, como pretendem que a taxa de natalidade aumente? Num país como este, onde as oportunidades são cada vez menores, a prioridade não é constituir família mas sim a sobrevivência.

Pode ser que, caso esta medida seja mesmo aprovada, surjam apostas em novas empresas que se dediquem ao fabrico de bengalas, creio que as vendas possam aumentar.

PR
Opinião Global**Por Patrícia Rogado**18/04/2013
patricia.rogado@ipressglobal.com |

- Pub -

Deixe o seu comentário