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Os manuais de História no ensino em Cabo Verde são “bastante omissos” em relação aos principais acontecimentos do arquipélago e praticam uma “política de amnésia” social, disse hoje à agência Lusa um académico cabo-verdiano.

Vítor Barros, mestre em História Contemporânea, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), lamentou que as instituições de poder no país, quase 40 anos após a independência, ainda não incluam na área educativa a História do arquipélago.

“(Os manuais de História) são bastante omissos. Não só são omissos, como praticam uma total política de amnésia. Se fizermos um apanhado dos discursos memoriais, encontramos, entre muitos outros exemplos, o (campo de concentração do) Tarrafal (de Santiago), que está completamente omisso”, disse.

Vítor Barros falava à agência Lusa após a conferência internacional “Rota das Prisões no Mundo Lusófono”, onde dissertou sobre o tema “A Deportação e as Prisões Políticas no Estado Novo: Tarrafal na Opinião Pública Internacional”, e que decorreu sexta-feira e sábado no Tarrafal (norte da ilha cabo-verdiana de Santiago).

Lusa/FOTO:ANTONIO COTRIM/LUSA

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