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foto: (dr) Casa do Carnaval //

Uma loja de venda de disfarces de Carnaval colocou à venda no seu site um “fato de refugiado para menino”, que entretanto já retirou por ter causado indignação não só por parte da SOS Racismo como também de muitos internautas.

 A imagem mostrava um menino com um fato composto por uns calções e um casaco verdes, gravata e boné, indumentária a que a loja chamou “fato de refugiado” e que colocou à venda por 15 euros.

Na sua página do Facebook, a SOS Racismo denunciou o caso, afirmando que “repudia veemente esta iniciativa” e que ia recorrer “a todos os meios para combater qualquer tipo de aproveitamento comercial da miséria e do sofrimento e qualquer iniciativa que vise menorizar e humilhar milhões de pessoas”.

Em declarações à Lusa, Nuno Silva, da organização, contou que foi alertado para a situação através de uma pessoa que estava à procura de disfarces de Carnaval para crianças e se deparou com aquele anúncio no site da Casa do Carnaval.

“O SOS Racismo enviou um pedido de esclarecimento à loja mas ninguém nos respondeu até agora”, afirmou.

Entretanto, o nome da fantasia chegou a ser alterado para “fato escolar para menino” e, posteriormente, foi mesmo retirado do site da loja centenária.

Contactado pela Lusa, Nuno Santos, proprietário da Casa de Carnaval, pediu desculpas pelo sucedido e disse que o artigo já tinha sido retirado. Explicou que a loja importou o fato através dos seus fornecedores estrangeiros, que tinha este nome original.

“Nós limitámo-nos a traduzir” e, “por lapso, colocámos no site”, disse o responsável, explicando que “são fatos que são colocados online em grande escala”.

“Passou-nos, não o devíamos ter colocado, e pedimos desculpas, não queremos ferir suscetibilidades de ninguém”, lamenta.

“Eu tenho filhos, sou um defensor dos direitos humanos, sou um apoiante, quer monetariamente, quer presencialmente, dessas causas e tudo isto me está a afetar porque não foi, obviamente, com nenhuma intenção“, sustenta.

Questionado se recebeu muitas reclamações, o proprietário disse ter sido contactado por alguns clientes que o aconselharam a retirar o artigo. “Foi o que fizemos, e com toda a razão, porque nunca o deveríamos ter” posto à venda, sublinha.

A situação levou muitas pessoas a manifestarem a sua indignação nas redes sociais.

ZAP // Lusa

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