A seleção nacional venceu na final a seleção do Tahiti por 5-3, tornando-se o novo Campeão do Mundo no FIFA Beach Soccer World Cup, perante 3.500 espectadores que encheram o estádio montado na praia da Baía.
O areal de Espinho foi pequeno para os efusivos e merecidos festejos, neste que foi o primeiro título de campeão mundial conquistado desde que a FIFA organiza a competição, juntando este ao título “não oficial” conquistado em 2001.
Portugal foi pela primeira vez anfitrião neste tipo de competição, e para além de saber receber muito bem, teve a mestria e a qualidade de alcançar o título diante dos olhos de muitos portugueses que encheram por estes dias o estádio instalado na praia da Baía, em Espinho.
Antecipar o vencedor da final não era tarefa fácil, se por um lado Portugal jogava diante do seu público e tinha derrubado na meia-final a bicampeã Rússia, por outro tinha pela frente uma selecção do Tahiti que teve um percurso imaculado até chegar à final, averbando apenas vitórias. Portugal não poderia ter começado melhor o encontro, logo aos 3 segundos o capitão Madjer abriu a contagem, num remate forte e colocado. O golo moralizou, e de que maneira, a equipa orientada por Mário Narciso, permitindo um maior domínio no jogo e na velocidade do mesmo. À passagem pelo minuto seis, Belchior aumentou a contagem e deixou Portugal numa posição muito favorável, perante um Tahiti que mostrava imensas dificuldades em importunar a baliza portuguesa.
Tahiti reagiu e trouxe emoção à partida
No decorrer do 2ºperíodo e já depois de Portugal estar a vencer por 3-0, o Tahiti aos poucos foi mudando o sentido do jogo e tornando-se mais pressionante, obrigando a seleção portuguesa a recuar. Com uma exibição mais consistente, foi sem surpresa que os golos apareceram, chegando a causar um calafrio à equipa das Quinas quando reduziu para 3-2. A partir desta altura os jogadores portugueses voltaram a pegar no jogo e ainda antes do final do 2ºperíodo, Bruno Novo marcou e voltou a dar algum conforto no marcador (4-2). No último período, o Tahiti arriscou tudo, chegou a reduzir para a diferença mínima mas a segurança defensiva portuguesa foi exemplar, não vacilando perante a pressão do adversário. Ao cair do pano, Alan fechou a contagem e deixou em delírio os 3.500 espectadores presentes em Espinho.
“Esta vitória é de todos os portugueses”
No final, o técnico Mário Narciso era o espelho da alegria do plantel, “sinto-me como como uma criança que recebe o primeiro brinquedo”, começou por afirmar. Na hora dos festejos, Narciso não esqueceu os adeptos que estiveram sempre ao lado da equipa durante todo o mundial, partilhando o título com eles, “esta foi uma vitória de todos os portugueses, foi fantástico o apoio do público e de toda a estrutura da organização. Não estou em mim de tanta satisfação”, afirmou o técnico.
Na cerimónia de entrega dos prémios individuais, destaque para a seleção do Tahiti, que conquistou a Bola de Ouro (Heimanu Taiarui) e a Luva de Ouro (Jonathan Torohia), enquanto Portugal não ganhou nenhum prémio individual.