foto:Tiago Petinga / Lusa
João Galamba disse, esta sexta-feira, na Assembleia da República, que não tenciona demitir-se, considerando que essa é uma decisão que compete ao primeiro-ministro.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse, no parlamento, que não vai apresentar a demissão, após ter sido constituído arguido no processo que envolve os negócios do lítio, hidrogénio verde e do megacentro de dados de Sines.
João Galamba sublinhou que estava, esta tarde na Assembleia da República, apenas para discutir o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024): “As circunstâncias a que eu hoje estou aqui é simples de entender: estamos no debate da especialidade do Orçamento do Estado“.
O ministro das Infraestruturas acabou, no entanto, por responder à questão mais espera (e óbvia) da tarde: “vai ou não demitir-se?” Galamba disse que, por iniciativa própria, não tenciona demitir-se, sendo essa uma decisão que “compete ao primeiro ministro”.
Esta tarde ocorre uma audição parlamentar conjunta entre a Comissão de Orçamento e Finanças (COF) e a Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da apreciação do OE2024.
As suspeitas sobre Galamba
De relembrar que João Galamba é arguido na Operação Influencer – investigação que, esta semana, levou à demissão de António Costa e derrubou o Governo.
De acordo com o Ministério Público (MP), João Galamba “destaca-se desde logo, primeiro como secretário de Estado e depois como ministro das Infra-estruturas, o qual tem vindo a intervir em praticamente todas as matérias objecto da investigação”.
Galamba é suspeito em quatro negócios concessão dos negócios da exploração de lítio, hidrogénio verde e do data center de Sines.
No início do ano, João Galamba já tinha estado no centro de uma polémica a envolver “informações secretas” do seu Ministério.
Na altura, Frederico Pinheiro, assessor de Galamba, acusou o Ministério das Infraestruturas de omitir informação na comissão de inquérito à TAP.
Miguel Esteves, ZAP //