- Pub -

Ontem fui assistir numa sala do El Corte Inglés, ao lançamento do terceiro número da revista “Direito & Política” (Law & Politics em inglês), seguido de debate. O tema era “ Será a imposição de limites ao défice orçamental e à dívida pública compatível com o Estado Social?”
Foi moderadora a jornalista do “Expresso”, Luísa Meireles e faziam parte do painel os seguintes oradores, classificados pela Drª. Meireles de, “ilustres” professores, Fernando Araújo, Paula Vaz Freire, Luís Pereira Coutinho e Paulo Otero.

Não tive ocasião de manusear a citada revista, pela qual me pediram €10,00, mas tratando-se do lançamento da sua terceira edição, que penso ser aquela que a Direção considerou ser a “rampa de lançamento” (para a qual convidou, naturalmente os melhores), fiquei a pensar que, agora sim, ia encontrar respostas para as grandes questões que se põem atualmente ao nosso querido País! Maior desilusão não poderia ter tido. Não só ouvi um conjunto de lugares comuns, como me apercebi que, havendo embora a defesa de posições contrárias quanto a certas temáticas, os membros do painel acabavam sempre por se considerarem consonantes.

Será que temos medo de defender aquilo que consideramos ser o nosso pensamento? Será que é mais fácil insultar o mais alto magistrado da Nação ou os membros do governo, do que contradizer os colegas de painel? Para exemplificar: Depois de ouvirmos expressões como: “o euro está morto” ou “Titanic na União Europeia, pois vamos contra um iceberg”, ou ainda “não devemos ter medo de hipotecar as gerações vindouras, pois as que nos antecederam fizeram-nos o mesmo” a Drª. Paula Freire, afirmando não ser tão pessimista como alguns dos seus colegas de painel diz, entre outras banalidades: “o euro está apenas moribundo”. Com este tipo de discurso, nem me atrevo daqui por diante a escrever “€uro”…, pois não gosto de bater em mortos ou “quasi”!

Às perguntas de alguns assistentes, respondiam aquilo que era consentâneo com os seus respetivos pensamentos mas, por exemplo a perguntas muito pertinentes colocadas por uma, essa sim, ilustre jornalista, só responderam àquilo que convinha! À saída ela referiu-me que nada disseram no tocante a “corrupção” e que nas investigações que fez nos casos “Casa Pia” e “Freeport” viu a sua vida perigar (sabe-se lá porquê) e que sente existir, até a nível dos tribunais, uma certa “proteção” a tal tipo de criminalidade.

Foi grande a desilusão deste fim de tarde, e só dou por mal empregues os €3,00 que paguei no parque do centro comercial.

quarta por DG
Opinião Global**Por Dominick George**24/04/2013
dominick.george@ipressglobal.com |

- Pub -

Deixe o seu comentário