A candidata democrata às eleições presidenciais americanas, Hillary Clinton, teve na Convenção Democrata a sua prova de fogo. Apesar das inúmeras criticas feitas à sua pessoa e ao desgaste que a mesma apresentava, fora recentemente alvo do escândalo relacionado com os emails oficiais que teriam sido desviados para a sua conta de email privado, na sequência do caso de Benghazi; depois, com os mails que terão mostrado que Schulz – Presidente da Comissão Eleitoral do Partido Democrata – favoreceu Clinton no processo eleitoral do Partido Democrata.
Também as interrogações sobre a sua vida familiar, em oposição à simpatia demonstrada por muitos americanos em relação à família Trump, fizeram com que as sondagens caíssem a favor do seu mediático adversário.
Os discursos da sua filha e do seu marido, Bill Clinton, ajudaram a refazer a imagem de Hillary. Esta surge como alguém que valoriza a vida familiar mais do que a imagem que o Partido Republicano pretendeu passar de uma mulher obcecada pelo poder, capaz de tudo para o alcançar.
Hillary Clinton soube demonstrar que o espetáculo mediático montado por Trump em Cleveland parecia uma final do “Super Bowl”, tal era a encenação e os efeitos especiais montados. A candidata convidou para atuar em Filadélfia, Katy Perry responsável pelo hino da sua campanha presidencial.
Mas foi sem dúvida o discurso proferido por Michelle Obama e por Barack Obama que através de todo o seu carisma, fizeram a diferença. Através dos valores da união e do esforço personificado pelos próprios, fizeram ressurgir o sonho americano. Este discurso foi aproveitado por Hillary, relembrando aos americanos o “we”, que levou a que a nação americana se tornasse a maior potência do mundo, ao contrário do que é protagonizado por Donald Trump, ao assegurar que conseguirá sozinho resolver todos os problemas dos Estados Unidos.
Através de um discurso baseado na união entre todos os americanos e das promessas de aumento do salário mínimo e o financiamento estatal de estudos universitários, Hillary Clinton poderá conseguir unir todo o Partido Democrata em torno da sua campanha. Veremos o desenrolar dos acontecimentos e o que daí irá resultar em novembro, a bem dos Estados Unidos e do Mundo.
iPG