O vice-Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou hoje um comunicado à Assembleia Nacional, informando que o Presidente, Hugo Chávez, não assistirá à sessão de tomada de posse do novo mandado e solicitando o adiamento da mesma.
“O comandante Presidente pediu para informar, de acordo com as recomendações da equipa médica cubana que zela pelo restabelecimento da sua saúde, o processo de recuperação pós-cirúrgica deverá estender-se além do dia 10 de janeiro” [data da posse], refere o comunicado lido pelo presidente do parlamento, Diosdado Cabello.
O documento adianta que, por esse motivo, Hugo Chávez “não poderá comparecer naquela data perante a Assembleia Nacional, constituindo um irrebatível motivo, pelo qual se invoca o artigo 231 da Constituição da República Bolivariana da Venezuela, para formalizar em data posterior a ajuramentação correspondente perante o Supremo Tribunal de Justiça”.
No documento, Nicolás Maduro faz chegar, “em nome do Presidente”, Hugo Chávez Frias, o “agradecimento pela autorização constitucional” que o parlamento “lhe outorgou, por decisão unânime do seu plenário” para ausentar-se do país, “graças à qual, se encontra na cidade de Havana, depois de se submeter à importante intervenção cirúrgica da qual o país tem sido consistentemente informado”.
Hugo Chávez foi reeleito presidente a 07 de outubro de 2012 e devia tomar posse na quinta-feira, 10 de janeiro. Doente com cancro, Chávez, que já foi operado em Cuba quatro vezes, não é visto em público desde 11 de dezembro, quando foi submetido a mais uma cirurgia, após a qual terá desenvolvido uma infeção pulmonar.
Numa altura em que vários setores venezuelanos debatem o enquadramento constitucional de uma provável impossibilidade de Chávez tomar posse, o vice-Presidente, Nicolas Maduro, afirmou este fim-de-semana que a posse é “uma formalidade” que pode ser adiada, noticiou a agência Lusa.
No entanto, segundo Fontes diplomáticas diretamente ligadas à política latino-americana, informaram que o ditador venezuelano Hugo Chávez, morreu no dia 3 de janeiro em Havana, mas a notícia oficial só será divulgada dentro de um período determinado em decorrência da situação interna complexa.
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