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Alguma vez pensou numa autoestrada que pudesse ligar a Europa aos Estados Unidos da América? É provável que não, mas alguém teve essa ideia extravagante e publicou o projeto. Chama-se “Trans-Eurasian Belt Development” (TEPR) e caso saia do papel, terá 20.147 km de extensão, transformando-se na via mais longa do mundo. Passará pela América do Norte e Ásia, com destino final na Europa.

De acordo com a publicação “Road Trippers”, a ideia do projeto é de Vladimir Yakunin, presidente da companhia ferroviária “Russian Railway’s”. Para a implementação, a “mega autoestrada” usaria como base as estradas já existentes em cada país, acompanhando uma linha férrea paralela. Ela teria início em Nova Iorque, passando pelos estados da Pensilvânia, Ohio, Indiana, Illinois, Minnesota e Dakota do Norte, onde cruzaria a fronteira com o Canadá ao chegar em Saskatchewan. Em seguida, o caminho continua pelo estado canadense de Alberta, pelas montanhas da Colúmbia Britânica, Território de Yukon até chegar ao Alasca. E mesmo indo só até aqui, o percurso já somaria mais de 6.000 km.

Depois do Alasca, tudo se complica uma vez que seria necessário construir cerca de 836 km de estradas,já que na parte mais ocidental do Alasca não há nenhuma via. A ligação do Alasca à Rússia teria 88,5 km de extensão.

Chegando na Rússia há mais 9.977 km de estrada pela frente, o que significa a passagem por diversas cidades, incluindo a capital, Moscovo. Próximo do destino final, o percurso continua pela Europa que soma 2.414 km, atravessando Belarus, Polónia, Alemanha, Holanda, Bélgica, França e, finalmente Londres (Inglaterra). Isto dá um total de 20.147 km e, com toda a certeza, uma conta de combustível capaz de assustar alguns. Na prática, em termos temporais, uma pessoa que saísse de Nova Iorque com destino a Londres levaria cerca de 263 horas (cerca de 11 dias).

Uma das dificuldades que teriam de ser ultrapassadas seria a captação de recursos. O próprio Yakunin reconheceu que seriam necessários “alguns triliões de dólares” para que o projeto saísse do papel. Acrescente-se que as relações entre americanos e russos também poderão atrapalhar a sua concretização.

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