Londres é sinónimo de Maratona para Jéssica Augusto, que no domingo regressa à capital britânica como uma das principais candidatas a um lugar de destaque na chegada ao Mall, bem em frente ao Palácio de Buckhingam.
Todas as três maratonas que a fundista completou foram em Londres, sempre com boas classificações: oitava na estreia, em 2011, a mesma classificação no ano seguinte e sétima na maratona olímpica de Londres 2012.
A única nota “menos” na ainda curta carreira de Jéssica como maratonista é a desistência em Nova Iorque, em 2011.
Há dois anos, na estreia, registou mesmo a segunda melhor marca portuguesa de sempre, com 2:24.33 horas, um tempo só superado pelo recorde nacional de Rosa Mota. A antiga atleta da Foz, vencedora em Londres em 2001, tem como recorde nacional 2:23.29, em Chicago, a 20 de outubro de 1985.
No domingo, Jéssica parte com um curioso número de dorsal, o 112, entre as atletas da elite feminina que partem para a estrada meia-hora antes dos restantes concorrentes. Melhorar os resultados de 2011 e 2012 e aproximar-se mais do recorde de Rosa são os objetivos claros, após uma preparação específica ao longo dos últimos meses.
A lista de inscritas é forte, como sempre, confirmando que a maratona de Londres é a melhor do Mundo, ao nível das que se disputam nos Jogos Olímpicos, apesar de não contar com nenhuma das vencedoras dos últimos anos, nomeadamente a queniana Mary Keitany, que triunfou em 2011 e 2012.
Destaque para quatro atletas com recordes pessoais abaixo das 2:20.00 – as quenianas Florence Kiplagat e Edna Kiplagat, a etíope Tiki Gelana (atual campeã olímpica) e a japonesa Yoko Shibui – e para a aguardada estreia da queniana Joyce Chepkirui.
Há ainda mais seis atletas, entre as quais Jéssica, com recordes até 2:25.00, o que é garantia de um bom tempo final, tanto mais que o traçado é rápido e permitiu à inglesa a obtenção do recorde do Mundo em 2003, com 2:15.25.
As atenções principais da corrida masculina vão para a estreia do britânico Moh Farah, bicampeão olímpico no ano passado em 5.000 e 10.000 metros. Ele será o ídolo local para fazer frente à sempre temida “armada” queniana, liderada por Wilson Kipsang, o vencedor do ano passado, e Patrick Makau, o recordista mundial (2:03.38).
Há nada menos que sete atletas inscritos com recordes abaixo de 2:05.00, o que pode apontar para uma grande marca final, na chegada ao Mall. Entre eles estão o queniano Emmanuel Mutai, vencedor de 2011, e o etíope Tsegaye Kebede, que ganhou em 2010.
Não há portugueses na lista de elite, depois da inicialmente prevista estreia de Rui Silva ser novamente adiada – desistiu de participar, por lesão.
NOTICIA LUSA FOTO LUIS FORRA/LUSA