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Medida visa garantir ordem na entrada de refugiados no país e governo diz que fronteira continua aberta. Polícia macedónia entra em confronto com migrantes impedidos de continuar viagem pela rota dos Balcãs.

A Macedónia deu início neste sábado (28/11) a construção de uma cerca na fronteira com a Grécia para assegurar a entrada ordenada de refugiados no país. A barreira, de cerca de 3 metros de altura, está sendo erguida por militares.

“Queremos enfatizar que a fronteira continua aberta. Permitiremos a passagem de pessoas que vêm de regiões afetadas por guerras, como temos feito até agora”, afirmou Aleksandar Gjorgjiev, porta-voz do governo.

O país ressaltou, ainda, que a cerca visa direcionar refugiados para os postos de controle, onde eles são registados e recebem assistência necessária.

Há uma semana, Macedónia, Sérvia e Croácia começaram a restringir a passagem de migrantes pela rota dos Balcãs, permitindo a entrada em seus territórios apenas de cidadãos oriundos da Síria, Iraque e Afeganistão.

Protesto e violência

Cerca de 250 migrantes entraram em confronto com a polícia na fronteira da Grécia com a Macedónia neste sábado. O conflito começou quando um homem sofreu queimaduras graves, após ter tocado em um cabo de alta tensão ao tentar atravessar a fronteira em cima de um vagão de comboio.

Migrantes revoltados jogaram pedras contra forças de segurança macedónias que responderam com bombas de efeito moral. A polícia chegou a entrar na Grécia para tentar dispersar os refugiados, adiantando mais tarde que 18 polícias ficaram feridos e dois foram hospitalizados após os confrontos.

Na terça-feira, a ONU acusou a Macedónia de impedir a passagem de cerca de mil refugiados. Só em novembro mais de 110 mil migrantes chegaram à Grécia através do Mar Mediterrâneo. De acordo a Organização Internacional para Migração (OIM), aproximadamente 105 mil desses refugiados atravessaram a fronteira da Macedónia.

A ONU estima que cerca de 875 mil migrantes já chegaram à União Europeia neste ano através do Mediterrâneo e que mais de 3.400 morreram durante a travessia.

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