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Muitos vivem em detrimento das opiniões que o mundo, a sociedade, a família, os amigos, a comunicação social constitui como verdade. Fazemos de tudo para agradar os mais próximos, vestimos segundo a moda, gostamos do que a maioria das pessoas da nossa faixa etária gosta, seguimos os passos dos parentes que nos antecederam. Queremos ser magros como são a maioria das figuras públicas e dos ícones da moda, dizemos as palavras certas numa entrevista de emprego, tentámos a todo o custo agradar, ignorando tantas vezes o que realmente somos e o que a voz interior nos diz ao ouvido.

Seremos capazes de viver uma vida toda em detrimento da opinião alheia? Penso que sim, no entanto a questão da autenticidade e objetivo de vida perdesse na sombra do que poderíamos ser e no eco de uma voz que exclama por felicidade.

Vamos sobrevivendo segundo as linhas orientadoras do que nos rodeia, mesmo que em algum momento no segredo de um ou outro pensamento mais real, questionemos a veracidade de quem de fora nos quer gerir interiormente. Ao aceitar esta forma de vida, estaremos a cumprir o nosso objetivo ou simplesmente a cumprir trajeto? Sinceramente, penso que tudo dependerá de como aceitamos a nossa existência e como entendemos a nossa passagem pelo mundo. Questionar as opiniões trará novas questões que só nos farão crescer se procuramos as nossas próprias respostas. No entanto, cada um terá sempre a liberdade de ignorar a sua voz interior, embora sabendo claramente da sua existência. Poderá optar por esvaziar o seu significado no silêncio, ou questionar a validade dos seus pensamentos e decidir segui-los na certeza de não estar certo de nada.

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