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E de repente o lugar por onde sempre passamos torna-se diferente, a estrada antes pequena alarga de forma abrupta ao mesmo tempo que encolhemos perante a grandeza dos prédios que a ladeiam.

Os carros assustam-nos com a velocidade a que passam por nós contrastado com a simplicidade necessária, e a sabedoria de saber que há que dar um passo de cada vez para crescer. Tornamo-nos pequenas formigas, tartarugas junto de lebres que se movimentam com a certeza de que na velocidade está o ganho.

A confusão da estrada assusta-nos, dá-mos connosco na linha que separa os dois lados e sabemos que não conseguiremos manter-nos no meio por muito tempo…não é seguro. Temos, no entanto, a esperança de não ter de decidir. E nesse instante, num instante, um misto de sentimentos invadem o nosso corpo, um tremor de quem quer andar para trás e recolher ao passei de onde partiu, a curiosidade de querer fazer parte dos que caminham do outro lado da rua e o medo de ao dar um passo ser abalroado por aqueles que têm pressa de chegar.

Talvez possamos optar por caminhar na linha central da estrada, contornando obstáculos e fugindo aos perigos, mas por quanto tempo manteremos o controlo desequilibrado de tem tenta encontrar a sua resposta? Se permanecermos na linha central, mais tarde ou mais cedo seremos atropelados por um sentimento de desilusão de insatisfação, por uma monotonia silenciosa. Surgirão questões e mais questões, dúvidas e incertezas e a imensidade da força do destino chamará constantemente por nós. Voltamos para trás ou avançamos para o outro lado da rua, ainda que um passo de cada vez?

A escolha será de cada um, as consequências que daí resultarão serão a realidade da vida futura, os sentimentos que farão parte do nosso futuro marcarão cada minuto.

Se voltarmos atrás um dia teremos de atravessar uma outra estrada, talvez mais larga, talvez mais movimentada, talvez mais “perigosa”.

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