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Numa semana em que o relatório da OCDE nos dá conta da existência de um professor para cada 10 alunos, no ensino em Portugal, o início de mais um ano letivo ganha contornos já conhecidos de incerteza e revolta por parte da camada docente.

Se para o governo este é um arranque de ano normal, para os docentes o caos instala-se novamente nas suas vidas. A poucos dias da entrada nas escolas é que são conhecidas as primeiras listas de colocações, o que faz com que o início de setembro tenha sido mais uma vez marcado pelas enormes filas no centro de emprego. Certamente, e tal como vem acontecer na última década o calendário escolar não será certamente o mesmo para todos os docentes, uma vez que muitos deles só são colocados no decorrer do ano letivo.

Estranhamente e apesar do relatório agora conhecido, a constituição das turmas vai além dos 10 alunos por professor e muitas delas não têm docente no primeiro dia de aulas, nem nas semanas a seguir.

Apesar de tudo isto, pode dizer-se que este é um início de ano normal, ou estará a confundir-se conceitos? Será normal ou já se tornou habitual? Na verdade nem tudo o que é habitual é o correto e o desejável, especialmente em questões educativas.

Com todas estas questões, de que são feitos os primeiros dias de aulas?

Diria que dependendo da prespectiva de cada interveniente, ele registará diferentes experiências, no entanto, todos eles terão em comum o sentimento de que algo tem de se mudar.

Para os professores ele será atribulado, incerto e até uma realidade inexistente. Para as escolas será o espelho de uma ginástica de gestão para receber do melhor modo os alunos. Para estes a surpresa e o entusiasmo, dissipar-se-ão nas horas sem aulas, na distribuição por outras turmas, na desorganização organizada dos dias.

Para quando uma mudança no ensino?

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