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O envelhecimento da população é cada vez mais evidente, o que faz com que surjam questões relevantes que necessitam de respostas sociais urgentes. Parece-me necessário criar condições para um envelhecimento ativo que chegue a todas as classes sociais e que vá de encontro às necessidade daqueles que, embora reformados, se sentem ainda muitos jovens para simplesmente parar.

O velho ditado “parar é morrer” é talvez a melhor forma de explicar a necessidade de um envelhecimento ativo. A reforma não pode ser sinónima de paragem, de compasso de espera para a partida definitiva, muito menos pode ser sinonimo de “fim de vida”. Deve ser encarada como o início de uma nova etapa motivadora e interessante. Perante as proporções que o envelhecimento populacional está a atingir, o principal desafio que se impõe hoje às sociedades é de criar condições que permitam às pessoas viver o maior número de anos possíveis, assim como, desfrutar de uma velhice marcada pela qualidade de vida, marcadas pela independência e autonomia.

As inúmeras iniciativas sociais parecem-me ainda muito pardas e escassas para o número de pessoas com mais de 66 anos que temos no nosso país.

As universidades seniores, o voluntariado, o desporto são boas respostas para a população com mais idade, assim como as atividades de auto conhecimento que levem ao desenvolvimento do amor próprio.

Manter a mente desperta, redescobrir gostos, realizar sonhos, aprender algo novo, mover o corpo, ajudar os outros, pode ser um modo de evitar o isolamento e a solidão dos bancos de jardim e até a depressão.

Viver, encontrar uma nova forma de estar, novas rotinas, novos desafios tendo por base a aprendizagem adquirida ao longo dos anos, sentindo-se útil à sociedade tem de ser o caminho a seguir.

Envelhecer é uma fase da vida com igual valor e importância, será comum a todos os seres humanos, apenas o modo como cada um a vivenciar poderá marcar a diferença.

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