Na sociedade atual tudo acontece a uma velocidade elevada, as circunstâncias mudam diariamente, as vontades alteram-se de dia para dia, o humor transforma-se em minutos. O ritmo alucinante em que se vive transforma a serenidade em agitação, a paz interior em ansiedade, o sorriso num rosto carregado de ansiedade.
O tempo é cada vez mais escasso para todas as decisões que se têm de tomar e o pensamento salta de assunto em assunto constantemente. Quando se perde o controlo da ação individual o pensamento toma conta da nossa vida, corre na nossa mente a uma velocidade alucinante e o que poderia ser um belo aliado transforma-se num pesadelo.
De um momento para o outro perde-se o rumo, queremos deixar de pensar e não conseguimos, deixamos de apreciar a viagem que é a nossa vida e apanhamos o “Alfa” do pensamento. A velocidade impede-nos de observar a paisagem, de saborear o sol, de sentir o prazer de estar a sós connosco. Partimos de uma estação e não conseguimos parar onde desejamos, deixamo-nos levar pela velocidade, pelo desconforto, pela desordem. Perdemos o controlo e só desejamos acalmar o ritmo, parar na próxima estação e relaxar.
Há um momento que é decisivo, em que cansados de fingir que vivemos, temos de decidir se nos deixamos ir no “Alfa” ou saltamos na estação mais próxima e começamos a tomar pequenas atitudes que nos vão ajudar a encontrar o ritmo certo para o nosso pensamento. O que fazer? Que caminho escolher? O ser humano tem sempre o livre árbitro no que concerne a sua vida e cada um seguira as suas convicções.
Se aceitarmos que o objetivo central de nascer é viver, então há que aceitar que para cumprir essa premissa precisamos de momentos para nós, instantes sem objetivos materiais, oportunidades de ser. Deste modo estaremos a decidir não sofrer por antecedência, a aprender a ser mais tolerante connosco e a aceitar os problemas como situações a resolver.
Aos poucos vamos conseguindo aceitar os nossos pensamentos menos agradáveis e aprendemos a transformá-los em positivos, acalmamos a nossa mente e entramos em contato com a nossa consciência. Apanhamos o comboio da vida feliz, caminhamos ao nosso ritmo, sentimos a alegria dos pequenos momentos e carregamos baterias quando nos permitimos descansar, realizar atividades de que gostamos, quando respeitamos as necessidades do nosso corpo. Aproveitamos a viagem, fazendo pequenas paragens nos apeadeiros do pensamento, aproveitando cada minuto para ser feliz.
Do “Alfa” para o “Regional”, podemos levar mais tempo na viagem mas ganharemos saúde, calma, alegria e sucesso!