O sucesso de um país mede-se também pela taxa de sucesso escolar, no entanto esta não incluir aspetos relevantes ligados à felicidade dos alunos, dos professores da população em geral. Um país que aposta apenas na economia como centro de vida perde a importância da valorização humana e cria seres desprovidos de princípios.
Como está a educação no nosso país?
Corrijam-me se estou errada mas, na minha opinião, esta doente! Em desequilíbrio, a desmoronar.
No início começamos por assistir a uma enorme perda de respeito pelos docentes, depois os pais começaram a entregar à escola e aos professores a responsabilidade de educar e não apenas encaminhar a aprendizagem (estranho não? Afinal quem questiona o desempenho dos professores como confia a estes a educação dos seus?), passamos pela fase em que havia alunos a menos para professores a mais, e daí ao dispensar de contratos foi um pequeno passo. Agora vivemos a falta de docentes de apoio escolar e de ensino especial para cumprir um direito de todos, o acesso ao ensino de qualidade.
Olhando para a educação deste país, sinto que esta está a “morrer” motivada pela diminuição de gastos em pessoal docente, motivada pela descrença daqueles que vêm a escola como “depósito” de alunos, motivado por quem se sente posto de parte após anos de empenho, dedicação e até perda de tempo familiar. A formação formal e informal não é a base do futuro deste país? Ou estaremos centrados em objetivos diferentes?
Ao contrário do que pedagogicamente se vem a defender ao longo dos anos, o ensino volta a ser a mera transmissão de conhecimentos, ao invés de ser um trabalho baseado na descoberta e motivação. O número exagerado de alunos por turma, a falta de apoio a alunos com necessidade de apoio educativo, a falta de uma escola cada vez mais centrada na individualidade dá lugar uma situação insustentável.
Podem dizer-me que em outros tempos as escolas tinham muitos alunos e até variados anos dentro da mesma sala de aula, mas talvez a questão de comportamento, educação e respeito seria um bem superior.
Se por um lado a escola não se adapta a nova forma de ser dos alunos, se os programas curriculares não se revelam motivadores, por outro lado os pais descartam-se da sua função, um pouco provocados pela pouca facilidade da sua vida.
É minha convicção que um país que não investe na educação, poderá estar na base de desenvolvimento de um pais capitalista mas sem princípios humanos e estruturais. A riqueza económica contra a humana, a ambição material contra os valores da família, respeito e amizade.
Podemos nós cidadãos deste país ver esta transformação e deixar isto acontecer? O que está ao nosso alcance? O que em consciência podemos fazer?