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Aparentemente todos vivemos no mesmo mundo, raras exceções, todos estamos a par dos momentos mais importantes para a humanidade, todos fomos sujeitos a crenças que fizeram parte do nosso crescimento em sociedade e todos nos guiamos por uma realidade similar.

Por outro lado, todos somos diferentes, entre as pessoas evidenciam-se diferenças pessoais, económicas, familiares e outras! Em comum temos o modo como a sociedade se guia por normas e regras usuais que demarcam a realidade do ser humano. Mas será assim tão linear? Será que a realidade é a mesma para todos?

Se nos debruçarmos a refletir sobre esta questão, temos de definir claramente o que entendemos por realidade? Se quisermos comparar, temos o exemplo do corpo humano, ele é na sua essência igual em cada um, funciona da mesma forma e tem necessidades básicas comuns, no entanto, nem todos somos altos, magros, nem todos temos apetência para os mesmos assuntos. A maneira como lidamos e tratamos do nosso corpo, assim como, o modo como desenvolvemos a nossa personalidade reside nas experiências e aprendizagens que vamos realizando ao longo da vida e nem todos temos as mesmas oportunidades ou propósitos. O mesmo acontece, a meu ver, com o conceito de realidade. Dependendo das experiencias de cada um, do carácter de cada um podemos ter diferentes visões da realidade. Esta é uma prespetiva pacificamente aceite por todos, mas então de onde surge a crítica, o julgamento e a avaliação sobre a vida dos outros? Talvez aceitemos que as realidades podem ser diferentes mas não somos suficientemente empáticos para nos colocarmos na posição do outro e ver com os seus olhos a sua realidade. Não existe realidade certa ou errada, existe um olhar sobre as situações, que cresceu em múltiplas imagens de experiências marcadas por variados sentimentos.

Não existe uma realidade mas várias realidades.

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