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O parlamento dinamarquês aprovou uma lei que irá permitir apreender bens de valor superior a cerca de mil e trezentos euros, que não tenham valor sentimental, a todos os que entrarem no seu país em busca de asilo.

Esta lei é um insulto não só em relação à tão proclamada assistência europeia, mas é também um atentado aos próprios direitos humanos.

Não estamos a falar de migrantes que procuram, pelos mais variados motivos, mudar de vida, procurando oportunidades noutros países. Estamos a falar de pessoas que fogem da guerra e que já pouco mais lhes resta do que a esperança de encontrarem alguma paz em sítios onde possam viver de forma digna e com segurança.

Estas pessoas, irão ser revistadas pela polícia, à entrada no país, e serão estes que farão a avaliação dos bens que terão de ser entregues.

Sabemos que esta situação na Dinamarca não é inédita, o mesmo já aconteceu na Suíça, mas são estas determinações que põe em causa a decência de países que se auto proclamam estandartes de valores de cidadania e civilidade, claro que se não estiverem a comiseração, o apoio e a solidariedade a quem mais necessita.

Esta medida tomada pelo atual governo dinamarquês de centro direita e apoiado pelo partido anti emigração e pelos sociais-democratas, não foi censurado, ainda, pelos restantes estados europeus, o que nos deixa a triste sensação que de facto, os valores humanos europeístas estarão inevitavelmente perdidos.

Quando se nega auxílio a quem mais dele necessita e se põe em causa o mais básico respeito pela sobrevivência humana então, fatalmente, pouco mais resta a um país que a sua mesquinhez transformada em pura crueldade.

Um País também deve ser avaliado pelo respeito como trata os outros, sejam nacionais ou estrangeiros.

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