foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil Teori Zavascki morreu esta quinta-feira num acidente aéreo em Paraty, no litoral do Rio de Janeiro.
O juiz Teori Zavascki, de 69 anos, e outras três pessoas voavam num bimotor modelo King Air C90, fabricado pela americana Beechcraft, que saiu de São Paulo com destino a Angra dos Reis (RJ).
O filho do juiz, Francisco Prehn Zavascki, confirmou a morte numa mensagem na rede social Facebook: “Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!”.
Responsável pelos casos relacionados ao maior escândalo de corrupção da história recente do país, Zavascki, era o relator dos processos no STF da operação Lava Jato, que investiga os crimes de corrupção na empresa estatal Petrobras.
O juiz foi considerado uma figura central nas investigações de corrupção da Lava Jato, já que tinha a responsabilidade de homologar as colaborações premiadas (ajuda em troca da diminuição da pena) fornecidas pelos envolvidos nos processos desta investigação no STF.
Antes do acidente, o juiz trabalhava nas informações colhidas em delações premiadas de mais de 70 quadros de topo da construtora Odebrecht.
O Presidente do Brasil, Michel Temer, lamentou a morte do juiz e decretou três dias de luto nacional.
“Recebemos com profundo pesar a notícia da morte do ministro (denominação dada aos juízes do STF) Teori Zavascki. Associo-me a todos os brasileiros ao lamentar a perda de um homem público cuja trajetória impecável a favor do direito e da Justiça sempre o distinguiram“, disse Michel Temer.
O Corpo de bombeiros de Paraty informou que avistou três passageiros mortos, que estariam presos dentro do avião submerso, e um sobrevivente. Não há identificação das vítimas. A aeronave, com o código PR-SOM, tinha saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13:01 (15:01 em Lisboa) e o destino era Paraty.
Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave estava com a documentação em dia.
ZAP // Lusa / Ciberia