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Morreu esta segunda-feira, aos 91 anos, Zygmunt Bauman. O sociólogo polaco radicado em Inglaterra foi o criador do conceito de “modernidade líquida”. A notícia foi avançada pelo jornal polaco Gazetta Wyborzca.

Com formação marxista, Zygmunt Bauman era possuidor de uma extensa biografia com intensas reflexões sobre a sociedade e o mundo atual. Bauman nasceu de uma família judia, no dia 19 de novembro de 1925, em Poznan, e ainda criança teve que fugir com a família por conta do nazismo, exilando-se na URSS.

O filósofo polaco chegou a combater nas fileiras do Exército Soviético, durante a Segunda Guerra Mundial, que viria a ser um de seus principais campos de estudo.

Mais tarde, Bauman foi expulso do Partido Comunista, num episódio marcado pelo antisemitismo, envolvendo conflitos em Israel. Mudou-se para Tel Aviv, e mais tarde  para Inglaterra, onde em 1971 adquiriu nacionalidade britânica. Instalou-se na Universidade de Leeds, onde permaneceu a maior parte da sua carreira.

Bauman foi o inventor da teoria da modernidade líquida, desenvolvida na sua obra mais conhecida, Modernidade Líquida, de 2000.

A ‘liquidez” das relações sociais, teoria criada por Bauman, abriria um vasto terreno de análise para as mais diferentes áreas, como a filosofia, cultura, sociologia, relacionamento humano e até mesmo na revolução que os meios de comunicação digitais trouxeram à sociedade moderna.

Mesmo aos 91 anos, Bauman, que deixa três filhas, mantinha-se activo, sem deixar de publicar livros e teorias, sendo considerado um dos maiores filósofos e sociólogos do final do século 20 e início do século 21.

A maioria das suas obras foram traduzidas para o português, tendo várias das suas obras editadas em Portugal – entre as quais, A Liberdade (1989), Modernidade e Ambivalência (2007), Confiança e Medo na Cidade (2006), e Amor Líquido (2008).

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