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A morte de João Carvalho, na semana passada na Irlanda, levantou algumas questões sobre o reconhecimento da MMA como desporto em Portugal.

Em Portugal a situação do MMA é muito semelhante à da Irlanda sendo que o seu reconhecimento como desporto tem ainda um percurso a fazer. A morte de João Carvalho, trouxe bastante polémica, levantando questões sobre a prática da modalidade. Em Portugal, são cerca de trezentos filiados, mas o interesse pela sua prática parece estar a ganhar adeptos. Poucos são os que procuram esta prática para competição, bastante praticam-no pelo aspeto lúdico e há também quem o procure como autodefesa.

A questão regulamentar tem suscitado dúvidas, nomeadamente nas questões de segurança e acompanhamento médico, especialmente depois do episódio que acabou em tragédia para João Carvalho.

Segundo Luís Barneto, diretor executivo da Comissão Atlética Portuguesa de Mixed Martial Arts (CAPMMA), “Os atletas têm de ser avaliados no início da época e depois podem fazer mais, dependendo de cada competição. As indicações recentes dadas pela IMMAF em relação a exames de controlo de VIH ou de hepatite C também consideramos que são necessárias. E claro, o controlo antidoping”. Sendo que as regras de cada combate são claras e seguras para os praticantes,

Para o diretor executivo, a morte trágica do lutador português não irá abrandar o procura desta modalidade oficializada em 2001, relembrando que casos como este são raríssimos na MMA: “Acompanho a MMA há dez anos, vi centenas de combates, não me lembro de nenhum assim. É raríssimo acontecer e tem a probabilidade de um ciclista que saia de casa de ser atropelado.”

Há ainda muito por fazer pelo MMA em Portugal nomeadamente, para o seu reconhecimento como desporto, certamente este acontecimento lamentável, será a alavanca para se rever os regulamentos e as questões de segurança na modalidade.

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