A anteceder a entrega dos prémios “Oliveira Cup 2017” e o jantar de confraternização com os fãs, realizou-se no Hotel Sana em Lisboa uma conferencia de imprensa com a sala a ficar pequena para os jornalistas presentes.
2017 ano totalmente oposto ao anterior, esse foi para esquecer?
MO :De todo pois fizeram-me crescer , fiquei em terceiro no campeonato, os resultados mais medíocres foram a sustentação para a epoca que realizei em 2017
KALEX VS KTM?
O Miguel de 2016 não era perfeito, foi graças ao staff técnico que evolui também, a kalex era dificl de conduzir . fui ultrapassando diversas barreiras e tornei-me mais consistente. Houve vários aspectos que me faltaram para ganhar uma corrida . Assen foi o reviravolta onde me senti mais á vontade e pa partir dai fez-se um clic na minha evolução.~
A performance não a tiramos numa volta mas sim ao longo de 20 voltas, ser piloto é isso, ser consistente. Esse é o segredo.
O Morbidelli foi genuíno em Valência, e simpático com os comentários que realizou no final da corrida.
Acabou o campeonato 3 lugar, 3 vitorias, nos testes em jerez logo apos o terminus do campeonato fiz o melhor tempo de sempre de uma moto 2 em jerez, se a moto de 2018 é melhor que a de 2017, é dificl dizer , pois não há uma ruptura , mas antes uma evolução dos componentes, digamos antes um refinamento e isso notou-se , em resumo evolução positiva.
Esta temporada não pensei nos outros , preocupei-me comigo e isso resultou a meu favor.
A moto alterou a nivel de suspensão, o seting foi essencialmente interior, durante a temporada uma condicionante foi a refrigeração da moto , esta aquecia demasiado, perdíamos um cavalo por cada 5 graus, ficando resolvido a partir da Malásia. O afinar da moto em si em cada circuito era a preocupação e não uma busca propriamente dito de melhoria estratégica.
O Brad Binder foi uma ajuda no final do campeonato, pois cria uma tensão positiva que nos obriga a trabalhar mais.
IpressGlobal.com:Foi um prazer ver o Miguel a derrapar, isso deve-se a evolução da moto, ou mudança no estilo condução?
MO: As duas situações, pois a moto 2 não tem qualquer apêndice electrónica e a derrapagem é consequência da procurar do limite .
A experiência na MotoGP, foi como estar dentro de uma maquina de lavar , são 270 cv para 145kg de peso, impacto brutal . Será uma adaptação complicada , mas nada é impossível.
Tive acesso aos dados do Zarco e, isso fez com que tudo fosse um pouco mais fácil, pois comparava-me com o campeão do mundo. Em competição traçar uma estratégia é difícil, pois cada corrida é uma corrida, com desafios diferentes embora pareça igual, somar o máximo numero de pontos possível, e não deitar pontos por terra.
Preservar os pneus é uma prioridade em corrida, sinto-me particularmente á vontade nessa faceta, e penso q n final das corridas consigo o usufruto da poupança que realizo durante a corrida.
O Zarco soube esperar pela moto certa para fazer a transição, ao passo que o Tito Rabat , foi para uma moto satélite que tem imensas diferenças para a moto oficial, gerir a carreira e esperar pelo momento certo.
Preferia passar para a MotoGP como campeão, mas se não acontecer não será um drama. Não ser de todo candidato e de um ano para o outro selo não aumenta a responsabilidade, pois essa está sempre presente em cada momento. A equipe é importante, é um desporto individual mas ,
IpressGlobal.com: O facto de ser Português é um Orgulho, de inicio existiu alguma indiferença ,, hoje sabem bem o quem é o MO. È um desporto q cria uma empatia emocional diferente, quando toca o hino, mexe com os Portugueses, todos se reveem nesses momentos, será por isso que cada vez tenho mais adeptos , tenho sorte em conseguir passar essa mensagem.
Para mim é sempre um prazer tirar fotos com os fãns.
A ktm investe para ganhar, o objectivo é o momento, portanto a chegada em 2019 dos motores triumph, não é handicap, em 2019 logo se verá o que acontece.
Muito obrigado a todos vós pelo apoio incondicional ao longo do ano que deram ao MO #44