Antes da partida eram muitos os que se perguntavam se a Ducati conseguiria a primeira vitória do ano, e a primeira em casa desde 2007, no magnifico circuito italiano de Muggelo, depois de Andrea Iannone ter conquistado a pole position e Andrea Dovizioso o terceiro posto da grelha, mas Jorge Lorenzo com a sua Yamaha, acabou com esse sonho logo nos primeiros metros da corrida.
Iannone ainda fez uma partida canhão, levantando mesmo a dúvida se não teria feito falsa partida, mas o espanhol não fez cerimónias e de imediato passou para a frente da corrida para, tal como em Jerez e Le Mans, impor um ritmo inigualável até final e vencer com 5,563s de vantagem.
Felizmente, as corridas de motociclismo, não se limitam à luta pela vitória ou mesmo pelo segundo posto, pois se estas não existem, abre-se espaço e atenção para as que existem e por vezes até mais intensas pelas posições intermédias, o que torna o motociclismo numa disciplina verdadeiramente espectacular sobre todos os pontos de vista.
Inicialmente foram Dovizioso, Márquez, Iannone e Pedrosa os protagonistas, as emoções acelararam ainda mais com Rossi.
O Campeão do Mundo Marquez e Dovizioso foram os primeiros a abrir as hostilidades, rodando colados e com algumas trocas de posições, até o italiano começar a ter problemas com a sua Ducati GP15 que acabaram por ditar o seu abandono, logo surgiu a segunda Ducati de Iannone.
Tudo indicava que se ia assistir a mais uma épica batalha entre ambos, tal como em Le Mans, mas a verdade é que o piloto da Repsol Honda perdeu a frente da moto e acabou por cair e, desta forma, ficou a zeros pela segunda vez esta época e de novo por queda.
Foi precisamente nessa mesma 17ª volta que Rossi, que inicialmente tinha sentido algumas dificuldades para passar Cal Crutchlow (CWM LCR Honda) e tinha levado a cabo fantástica recuperação para se colar a Pedrosa, acabou por ascender ao terceiro posto, o que levou o público da casa absolutamente ao rubro e impediu Iannone de descansar até final.
Rossi ainda esboçou uma tentativa de chegar à segunda posição, mas o compatriota, da Ducati Team, apesar de rodar com uma micro-fractura no ombro, não abrandou o ritmo e garantiu o intermédio do pódio com 1,1 de vantagem sobre o homem da marca dos três diapasões.
No meio de tudo isto Pedrosa via-se a terminar isolado em quarto, o que não deixa de ser o melhor resultado da época do espanhol após três corridas de ausência na sequência da operação ao síndroma compartimental(air Pump) após a corrida de abertura no Qatar.
Bradley Smith, da Monster Yamaha Tech3, levou de vencida a luta entre os pilotos satélite, em boa parte devido à queda de Crutchlow na 14ª volta, a segunda do dia para o britânico que se tinha magoado no polegar direito no warm up da manhã.
Pol Espargaró colocou a segunda máquina da Monster Energie Yamaha na sexta posição, á frente de Maverick Viñales que desta forma voltou a colocar a GSX-RR do Team Suzuki Ecstar nos dez primeiros, “salvando a honra do convento” da marca nipónica após a queda de Aleix Espargaró.
Em termos de Campeonato do Mundo, Rossi mantém a liderança com 118 pontos, se bem que agora com apenas seis de margem sobre o colega de equipa Lorenzo. Dovizioso, apesar do primeiro nulo da época, é terceiro (83), enquanto Iannone é quarto (81) e Márquez caiu para quinto (69).