foto: ALPHA ONE MEDIA / CHRISTOPHER REEVES
Depois de uma luta de vinte e quatro anos para o regresso da formula1 e de oito anos pelo regresso do MotoGP a Portugal, eis que finalmente em 2020 conseguimos aquilo que todos desejavam, o regresso dos dois campeonatos mais importantes do desporto motorizado.
No entanto as vozes dos habituais “ velhos do restelo” e da comunicação populista, não desarmou e, se numa primeira fase, se calaram pois não podiam escamotear os benefícios do regresso das duas modalidades rainhas a Portugal, bastou umas fotografias tiradas lateralmente das bancadas para criar mais uma onda histerismo e de ridículas comparações sobre o que se passou no Autódromo Internacional do Algarve(AIA) de Portimão.
Foram disponibilizados apenas 27 000 apesar da imensa procura, menos de um terço da capacidade do grandioso circuito algarvio, cumprindo as regras impostas pela DGS, número que se pode até questionar o porquê de tão reduzido.
No domingo a organização optou por anular o peão e por transferir os espetadores não só do peão mas também das bancadas, sempre que chegavam a metade da lotação prevista para outras, com preços de venda superiores, disponibilizando autocarros para quem os quisesse utilizar, criando um colorido único no AIA, circuito, elogiado por toda a impressa estrangeira e considerado por muitos como um dos melhores do mundo.
Nas bancadas, todos os espetadores encontravam-se com mascara, como é natural os que se encontravam juntos, eram amigos, já tinham feita a viagem juntos, sendo de relembrar que o AIA é um espaço aberto. Mas isso não é questionável, para as vozes do bota a baixo, porque o importante é que não existia álcool para desinfetar as mãos à entrada, como se um frasco de desinfetante não fizesse parte, em conjunto com a mascara, da indumentária hoje em dia de cada um de nós.
No final, em vez de nos congratularmos com a realização da prova 24 anos depois e, de promovermos o próximo evento o Grande Prémio MEO de Portugal a 20 a 22 em novembro, venceram as imagens distorcidas e as conversas populistas, ficando Portugal, a região Algarvia e os espetadores que já compraram os bilhetes e reservaram hotel, mais uma vez prejudicados.
Poderíamos ainda dizer que os espetadores de Formula 1 são diferentes ou não são os mesmos do MotoGP, mas a pergunta que fica por responder é:
Quantos espetadores que assistiram à Formula 1 – Heineken Grande Prémio de Portugal – testaram positivo ?
Só com a resposta a esta pergunta se pode compreender a proibição de espetadores no MotoGP do AIA.